Não teve a repercussão devida a censura imposta ao filme A Serbian Film: Terror Sem Limites no RioFan (Festival Fantástico do Rio). O responsável pelo banimento do filme foi a Caixa Econômica Federal, patrocinadora do evento.
A Serbian Filme: Terror Sem Limites, do diretor sérvio Srdjan Spasojevic, é um filme de mau gosto que vem causando polêmica em vários países. A estória: um ator pornô aposentado aceita retornar à ativa e fazer seu último filme, mas acaba sendo obrigado a cometer atrocidades. O filme tem cenas dramatizadas – ou seja, não reais – de incesto, pedofilia, necrofilia e estupro de um recém-nascido.
A fita seria exibida neste sábado no RioFan, mas, conforme divulgado pelos promotores do evento, a CEF determinou o cancelamento da sessão sem dar maiores explicações.
Eu não perderia tempo e dinheiro para ver A Serbian Film: Terror sem Limites. Mas defendo a sua exibição, pois quem deve julgar a obra é o público (maior de 18 anos) e a crítica. Nada justifica a censura.
O último filme censurado no Brasil tinha sido Je Vous Salue Marie, de Jean-Luc Godard. Isso aconteceu em 1986, ou seja, vinte e cinco atrás. É triste – pior, é revoltante – ver a Caixa Econômica Federal, uma instituição estatal, repetir o obscurantismo do governo José Sarney e do regime militar.
Assista acima o trailler do filme que a CEF não quer que você veja.
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A CEF não censura filme, ela escolhe na mostra por ela patrocinada que filmes irão participar. Quem quiser assistir é só baixar na internet ou esperar os produtores escolherem um cinema e pagar ingresso.
Duvido que na época do Sarney havia este tipo de alternativa.
O filme constava na programação e foi cortado a mando da CEF, segundo os organizadores. No site do RioFan, o filme ainda está na programação, porém, com o aviso de que não mais será exibido.
Pergunto: a CEF é patrocinadora ou promotora do evento? Se é patrocinadora, não pode escolher filme, muito menos vetar. O nome disso é censura.