Entrevista a Guilherme Amado [Metrópole]: 60 anos do golpe; remoer para não se repetir

No dia 1º de abril, no aniversário de 60 anos do golpe civil-militar no Brasil, concedi uma entrevista ao jornalista Guilherme Amado, do Metrópole. A conversa foi a primeira de uma série de lives que Guilherme está fazendo sob o tema “Remoer para não se repetir”, sobre o golpe de 1964, a tentativa de golpe do 8 de janeiro de 2023 e a resistência de parte das Forças Armadas em se adequar às regras do jogo democrático.

Deixe um comentário

Arquivado em Uncategorized

Entrevista TV Assembleia

Em abril, o programa Mundo Político, da TV Assembleia de Minas Gerais, fez uma entrevista comigo por ocasião do lançamento, em Belo Horizonte, do documentário Morcego Negro, baseado no meu livro Morcegos Negros. Falamos de antigos e atuais esquemas de corrupção e da infiltração do crime organizado nas instituições nacionais.

1 comentário

Arquivado em Uncategorized

Morcego Negro, o filme: críticas e reportagens

Clique para ver críticas e reportagens sobre o documentário Morcego Negro publicadas ou veiculadas em O Globo, Fantástico, Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo, Agência Brasil, Outras Palavras (José Geraldo Couto), Brasil 247, Correio do Povo e IstoÉ .

Deixe um comentário

Arquivado em Uncategorized

Morcego Negro, o filme

Veja abaixo o trailler do documentário Morcego Negro.

Deixe um comentário

Arquivado em Uncategorized

“Abin paralela” e seus impactos

Quais os impactos da utilização da Abin, o serviço secreto brasileiro, em proveito de interesses privados e/ou políticos na gestão Jair Bolsonaro? Esse foi o tema da entrevista que dei para o República.org, instituto dedicado a melhorar a gestão de pessoas no serviço público do Brasil.

Deixe um comentário

Arquivado em Uncategorized

Pós-Bolsonaro: Como renascem as democracias

A mesa-redonda “Como renascem as democracias”, organizada pela Casa República.org durante a Feira Literária Internacional de Paraty (Flip), recebeu Conrado Hübner Mendes, professor de direito da Universidade de São Paulo (USP), Vera Monteiro, professora de direito administrativo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), e Lucas Figueiredo, jornalista, escritor e ex-pesquisador da Comissão Nacional da Verdade. Sob moderação de Patrícia Campos Mello, jornalista da Folha de S.Paulo, o debate ofereceu reflexões profundas sobre como o Brasil pode preservar a soberania popular diante de crescentes ataques e ameaças ao regime democrático. A curadoria do evento, realizado em 24 de novembro de 2023, esteve nas mãos da jornalista Daniela Pinheiro.

Deixe um comentário

Arquivado em Uncategorized

Estação Sabiá entrevista os diretores de Morcego Negro

A jornalista Regina Zappa, da Estação Sabiá, entrevistou Chaim Litewski e Cleisson Vidal, diretores do documentário Morcego Negro. Veja a íntegra abaixo.

Deixe um comentário

Arquivado em Uncategorized

Filme “Morcego Negro” leva menção honrosa no festival É Tudo Verdade

O filme Morcego Negro, inspirado no meu livro Morcegos Negros, foi premiado com a menção honrosa no Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade, categoria longa-metragem nacional. Os diretores Chaim Litewski e Cleisson Vidal fizeram um trabalho brilhante para contar a vida de PC Farias, tendo entrevistado mais de quarenta pessoas. Em breve, o documentário chega aos cinemas e canais Globoplay.

3 Comentários

Arquivado em Uncategorized

Der Tagesspiegel: Lula e a constante ameaça de golpe

Artigo de minha autoria, sobre o dilema de Lula com as Forças Armadas, publicado na edição de hoje do jornal Der Tagesspiegel, de Berlim.

Abaixo, a versão para o português:

Lula e as Forças Armadas: constante ameaça de golpe

O Presidente Lula da Silva sabe como lidar com situações ameaçadoras. Em sua infância, ele sobreviveu à pobreza e à fome. Mais tarde, sofreu um acidente de trabalho no qual perdeu um dedo. Ele venceu o câncer, sobreviveu à perseguição política durante a ditadura, foi condenado e preso várias vezes em julgamentos manipulados por seus oponentes.

No oitavo dia de seu terceiro mandato, ele sobreviveu a uma tentativa de golpe. Eram imagens que lembravam o asalto ao Capitólio em Washington: no 8 de janeiro de 2023, milhares de pessoas invadiram o bairro do governo na capital Brasília. Radicais próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro. As fotos mostram como eles foram protegidos pelas forças armadas e pela polícia.

A tentativa de golpe falhou. Mesmo assim, provavelmente não foi a última situação ameaçadora para Lula. Ele deve conseguir quebrar a tradição golpista do Brasil. Caso contrário, como muitos antes dele, ele poderia ser derrubado. Desde a proclamação da república no final do século XIX, o exército brasileiro tem se visto como a força moderadora da nação. Sob vários pretextos, interveio para destituir os presidentes ou impedir sua legítima ascensão. Foi o caso em 1945, 1954, 1955, 1956 e 1961. Em 1964, os militares estabeleceram uma ditadura que durou 21 anos.

A democratização em 1985 prometeu o fim dos regimes autoritários. Mas a promessa é frágil. Os militares continuam supremos até hoje. Tem 360.000 forças armadas ativas e controla áreas sensíveis do Estado, como a inteligência. Todos os presidentes eleitos desde então, incluindo Lula, não tiveram a força política – ou a vontade – de limitar o poder militar e subordiná-lo ao poder civil. Como a Constituição brasileira realmente manda.

Com a eleição de Bolsonaro em 2018, a tradição golpista recuperou sua importância. Bolsonaro era capitão do exército e, durante seu mandato, deu cargos de liderança a centenas de oficiais militares em áreas como saúde, educação, meio ambiente e ciência. Várias vezes ele incitou os militares a apoiar um golpe de estado. Queria derrubar a Suprema Corte – seu maior obstáculo – e assim aumentar sua propia influência. Bolsonaro foi incapaz de levar adiante seu plano. No entanto, o poder dos militares continua sendo uma bomba relógio.

Em seus dois primeiros mandatos, de 2003 a 2010, Lula evitou mudar a estrutura institucional das forças armadas. Ele permitiu que o exército continuasse a ocupar posições de poder que são incompatíveis com o estado democrático de direito porque ele acreditava: para governar em paz, ele deve pagar este preço. Entretanto, com a invasão do Congresso, que foi apoiado – ou pelo menos não impedido pela cúpula das forças armadas, este pacto chegou ao fim. Lula percebeu: o acordo silencioso com as forças armadas não era garantia para o seu governo. Pois embora ele tenha se afastado cada vez mais da esquerda para o centro moderado durante sua carreira política de quatro décadas : Para grandes partes do exército, Lula é e continua sendo um comunista perigoso.

Ele entendeu o perigo e agiu rapidamente. Lula mudou o comando do exército, mudou a guarda presidencial e tirou o controle do serviço de inteligência das forças armadas. O presidente também estipulou que o pessoal militar ativo não poderia mais concorrer a cargos eletivos ou trabalhar na administração do estado. Um bom começo, mas nada mais.

Lula ainda tem dois desafios hercúleos pela frente: primeiro, ele deve assegurar que os oficiais militares envolvidos na tentativa de golpe de Estado em janeiro sejam investigados e punidos. No Brasil, isto não é uma questão natural. Nenhum membro do exército jamais foi condenado pelas graves violações dos direitos humanos cometidas durante a ditadura. O segundo passo seria mudar a doutrina nas academias militares. Os membros do exército, da marinha e da força aérea devem aprender: o exército não é um poder moderador, não deve interferir na política. Ele não está lá para combater um inimigo interno imaginário.

Ao mesmo tempo, o presidente brasileiro sabe que está agitando um ninho de vespas com reformas. Ele enfrentará a resistência de dentro do quartel, de forças políticas de extrema-direita e de um quarto dos brasileiros que apoiam incondicionalmente o Bolsonaro. Será uma tarefa perigosa e árdua para Lula. Mas não tem alternativa.


Deixe um comentário

Arquivado em Uncategorized

Morcego Negro, em breve nos cinemas e canais Globoplay

Cartaz do filme “Morcego Negro”, que concorre a melhor documentário nacional no festival É Tudo Verdade, em abril. Em breve, nos cinemas e canais Globoplay.

Deixe um comentário

Arquivado em Uncategorized