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Seis meses separam o impeachment “moralizador” do caso Temer-Geddel: como chegamos até aqui?

Neste artigo, publicado no Intercept, tento explicar como o Brasil se tornou um novelão de mau gosto.

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Demóstenes e a vida sem Instagram

Veja abaixo as fotos do senador Demóstenes Torres, feitas ontem, que a estatal Agência Brasil disponibiliza para publicação: Demóstenes dando tchauzinho, Demóstenes com ar apreensivo, Demóstenes com auréola e Demóstenes (mais uma vez com auréola) sorrindo amarelo para seu arqui-inimigo Renan Calheiros enquanto este lhe afaga o cotovelo.

Alguém na Agência Brasil não gosta de Demóstenes.

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Minas não tem mar, mas tem Cachoeira…

Com a ajuda de Demóstenes, Cachoeira ‘nomeou’ prima no governo de MG

ESTADO DE S.PAULO, 23/04/12

Escutas telefônicas da Polícia Federal revelam que o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) intercedeu diretamente junto a seu colega, Aécio Neves (PSDB-MG), e arrumou emprego comissionado para uma prima do empresário do jogo de azar Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Mônica Beatriz Silva Vieira, a prima do bicheiro, assumiu em 25 de maio de 2011 o cargo de Diretora Regional da Secretaria de Estado de Assistência Social em Uberaba.

Do pedido de Cachoeira a Demóstenes, até a nomeação de Mônica, bastaram apenas 12 dias e 7 telefonemas. Aécio confirma o empenho para atender solicitação de Demóstenes, mas alega desconhecer interesse de Cachoeira na indicação.
São citados nos grampos Marcos Montes (PSD), ex-prefeito de Uberaba, e Danilo de Castro, principal articulador político de Aécio em seu Estado e secretário de Governo da gestão Antonio Anastasia (PSDB), governador de Minas. Eles negam envolvimento na trama.

A PF monitorou Cachoeira, a prima e Demóstenes no bojo da Operação Monte Carlo, que desmantelou alentado esquema da contravenção, fez ruir a aura de paladino do senador goiano e expôs métodos supostamente ilícitos da Delta Construções para atingir a supremacia em sua área de ação.

Aécio não caiu no grampo porque não é alvo da investigação. Mas ele é mencionado por Demóstenes e Cachoeira. O contraventor chama Demóstenes de ‘doutor’ e o senador lhe confere o título de ‘professor’.

O grampo que mostra a ascensão profissional da prima de Cachoeira está sob guarda do Supremo Tribunal Federal (STF), nos autos que tratam exclusivamente do conluio de Demóstenes com o bicheiro.

Em 13 de maio de 2011, Aécio é citado pela primeira vez. Cachoeira pede a Demóstenes para “não esquecer” do pedido. “É importantíssimo prá mim. Você consegue por ela lá com Aécio… em Uberaba, pô, a mãe dela morreu. É irmã da minha mãe.”

Demóstenes responde. “Tranquilo. Deixa eu só ligar pro rapaz lá. Deixa eu ligar prá ele.”

A PF avalia que o caso pode caracterizar tráfico de influência. “Seguem ligações telefônicas, divididas por investigado, em ordem cronológica, que contém indícios de possível cometimento de infração penal por parte de seus interlocutores ou pessoas referidas.”

Na síntese que faz da ligação de Cachoeira para Mônica, a 26 de maio – contato durou 3 minutos e 47 segundos –, a PF assinala. “Falam sobre a nomeação de Mônica para a SEDESE/MG, conseguida por Cachoeira junto ao senador Aécio Neves por intermédio do senador Demóstenes Torres e de Danilo de Castro.”

Aécio diz que ‘não recaía questionamento’ sobre Demóstenes

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), por meio de sua assessoria, confirmou nesta segunda-feira, 23, que indicou Mônica Beatriz Silva Vieira para um cargo no governo de Minas atendendo a um pedido do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), então líder do DEM no Senado e “sobre o qual, à época, não recaía qualquer tipo de questionamento”.

Aécio afirmou que “desconhecia o parentesco e a origem do pedido”. Segundo sua assessoria, a solicitação foi encaminhada para avaliação da Secretaria de Governo de Minas Gerais, a quem cabia a análise.

O governo mineiro informou que a prima de Carlinhos Cachoeira foi nomeada para um cargo DAD 4, com salário de R$ 2.310,00. Em um diálogo interceptado pela PF em 26 de maio do ano passado – um dia após a publicação da nomeação no Diário Oficial do Estado – Cachoeira pergunta a Mônica se “o salário lá é bom”. Ela diz não saber. “Eu tentei pesquisar, mas não sai. Esses cargos comissionados não sai o salário.” Cachoeira responde: “Aqui (em Goiás) no mínimo um cargo desses aí é uns 10 mil reais.” A prima conta que trabalhava na diretoria de qualificação profissional da Prefeitura de Uberaba. “Até briguei, falei ‘se for menos eu tô perdida.’”

Ao Estado, Mônica alegou que foi indicada para o cargo por sua “competência”. “Pode ter certeza disso. Eu sou funcionária de carreira há 25 anos, coordenei vários órgãos e o meu convite veio por competência”, disse a diretora.
Para o governo mineiro, o currículo da servidora preenchia a qualificação para o cargo e ela possui experiência profissional como coordenadora dos programas federais.

O secretário Danilo de Castro disse que a nomeação de Mônica foi em “comum acordo” com o deputado federal Marcos Montes (PSD-MG, ex-DEM). “Agora, pedido eu não lembro de quem. Todas as nomeações do interior partem daqui, da Secretaria de Governo. Esses cargos regionais têm indicações políticas. ” Montes foi procurado nesta segunda no seu escritório em Uberaba, mas não respondeu às ligações. O advogado de Demóstenes, Antônio Carlos de Almeida Castro, também não respondeu.

 

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Quem com a mídia fere…

Senador Demóstenes Torres (sem partido – GO), no último dia 12, durante a reunião do Conselho de Ética que define o novo relator de seu processo disciplinar.

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Aécio “Decepção” Neves

Aécio: a estrela encolheu

Em 2011, Aécio Neves era uma grande promessa. Ele começa 2012, contudo, com a marca da decepção. E isso preocupa o senador mineiro, que sempre investiu pesadamente no marketing pessoal.

Um artigo publicado ontem no blog do Josias de Souza – 2014: decepção com Aécio desnorteia oposição – acendeu a luz vermelha no QG aecista. Usando apenas 520 palavras, Josias trouxe à luz o que é voz corrente nos corredores do Congresso: Aécio, tido um ano atrás como grande esperança da oposição, ainda não disse a que veio. Juntando o desempenho apagado de Aécio à débâcle de José Serra, à profunda crise do PSDB e o colapso do DEM, o resultado é o desânimo entre aqueles que desejam apear o PT do governo em 2014.

Há tempo para virar o jogo, é claro, mas a oposição precisa começar a jogar. E Aécio ainda está no vestiário.

Como eu dizia, o artigo de Josias acendeu a luz vermelha no QG aecista. Hoje, o senador publica uma nota no blog do jornalista. Aécio precisou de mais de 1.000 palavras para esclarecer sua posição. Na nota, o mineiro recorre a seu velho expediente de (tentar) colocar-se acima das disputas políticas. E de (tentar) transformar sua falta de punch numa qualidade, a de mestre da conciliação (alguém pensou em Tancredo Neves?).

Aécio, contudo, vai precisar mais do que um bom discurso escrito para evitar com que em 2012 seu nome continue ligado à palavra decepção.

Veja abaixo o artigo de Josias de Souza e, em seguida, a nota de Aécio.

xxx

2014: decepção com Aécio desnorteia oposição

Do Blog do Josias

Há um ano, Aécio Neves era celebrado como grande promessa da oposição. Hoje, tornou-se um nome duro de roer. Tucanos e aliados viam nele a melhor opção presidencial. Passaram a enxergá-lo como a pior decepção da temporada.

Em qualquer roda de políticos ficou fácil reconhecer um oposicionista: é o que está lamentando a popularidade de Dilma Rousseff e falando mal de Aécio Neves. Nas discussões sobre 2014, o senador mineiro é personagem indefeso.

Para perscrutar as razões do desencantamento com Aécio, o blog ouviu cinco lideranças da oposição. Gente do PSDB, do DEM e do PPS. Um dissidente de legenda governista. O compromisso do anonimato destravou-lhes a língua.

Espremendo-se as opiniões e peneirando-se os exageros, obtem-se um sumo uniforme. A desilusão dos oposicionistas assenta-se em três avaliações comuns:

1. A atuação de Aécio em seu primeiro ano de Senado foi apagada. Algo incompatível com a biografia de um ex-presidente da Câmara. Ele não aconteceu, disse um dos entrevistados, no melhor resumo do sentimento que se generaliza.

Como assim? Quando Itamar Franco era vivo, a voz de Minas no Senado era a dele, não a de Aécio. O grande feito de Aécio no Senado foi a relatoria do projeto que redefine o rito das medidas provisórias. Proposta do Sarney, não dele. É pouco.

2. Dono de estilo acomodatício, Aécio é uma espécie de compositor da política. Compõe com todo mundo. Governou Minas com o apoio de partidos que, no Congresso, davam suporte a Lula. Em Brasília, o espírito conciliador, por excessivo, foi tomado como defeito.

Aécio exagerou, queixou-se um ex-entusiasta do senador. Esmiuçou o raciocínio: no afã de atrair para o seu projeto pedaços insatisfeitos do bloco pró-Dilma, Aécio esquece que a oposição deve se opor. É improvável que ganhe aliados novos. E está perdendo os antigos.

3. Imaginou-se que, livre dos afazeres de governador, que o prendiam a Minas, Aécio viraria rapidamente um personagem nacional. Por ora, nada. Por quê? A projeção exigiria dedicação e ampliação do horizonte temático, palpita um dos queixosos.

Mas Aécio não é um obcecado pelo Planalto? Sim, mas revelou-se pouco aplicado. Viajou pouco. No Senado, não foi dos mais assíduos em plenário. Subiu à tribuna só de raro em raro. No geral, esquivou-se das polêmicas.

O crítico citou um exemplo: PSDB e DEM decidiram quebrar lanças contra a DRU, o mecanismo que permite ao governo dispor livremente de 20% do Orçamento. Entre os tucanos, apenas cinco votaram contra. Aécio não estava entre eles.

Ninguém vira alternativa presidencial fugindo dos temas espinhosos, lamuriou-se um expoente do próprio PSDB. Aécio continua sendo alternativa graças à vontade pessoal e à ausência de um sucedâneo. A sorte dele é que a maioria do partido não suporta o José Serra.

Parte da cúpula do PSDB tenta antecipar para depois da eleição municipal de outubro a definição do nome do presidenciável da legenda. Em âmbito interno, a aversão a Serra faz de Aécio um favorito.

Fora daí, é visto pela própria oposição como uma ex-promessa. Uma liderança que se absteve de acontecer. Um candidato que depende do fortuito para livrar-se da condição de favorito a fazer de Dilma uma presidente reeleita.

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Nota do senador Aécio Neves

Caro Josias, pelo respeito que tenho a você e aos seus leitores, tomo a liberdade de tecer alguns comentários sobre a análise publicada no seu blog acerca da minha atuação política no Senado.

Primeiro, faço questão de registrar que a recebo com absoluta naturalidade, assim como toda e qualquer crítica política. No lugar de combatê-las ou justificá-las, mesmo que muitas vezes não concorde com elas, tenho procurado, na medida do possível, aprender com cada uma delas.

Foi justamente com esse espírito que refleti sobre a análise e opinião, ainda que anônima, de aliados das oposições, sobre o exercício do meu mandato como senador por Minas Gerais.

Os que conviveram e ainda convivem comigo no curso de diferentes mandatos – como deputado federal, líder de partido, presidente da Câmara e governador de Minas – sabem que há pelo menos 25 anos faço política da mesma forma. E o faço não por conveniência, mas por convicção.

Neste sentido, repito: não confundo adversário com inimigo, nem tampouco governo com país. Não acredito em projetos que demonizam lideranças, destroem reputações pessoais, utilizam tragédias alheias para fazer demagogia e proselitismo, assim como não professo o “quanto pior melhor” (máxima dos nossos adversários, quando ainda na oposição), ou seja, a crítica pela crítica, sem ter a responsabilidade de dimensionar a complexidade dos problemas e dos desafios que o Brasil tem à frente e os caminhos possíveis.

Foram estes – e não outros – os valores que guiaram minha ação política, no sentido de denunciar, reiteradas vezes, o grave aparelhamento do Estado nacional e o compadrio como meio de manter e expandir uma incomparável base de apoio congressual, cuja contrapartida foi, e ainda é, o mando sobre extensas áreas da administração federal, em cujo cerne estão as inúmeras denúncias de desvios e quedas de ministros;  a perda de autonomia do Legislativo e o hiperpresidencialismo; a anemia do pacto federativo e a consequente subordinação dos entes federados diante da maior concentração de recursos no âmbito federal da história republicana. E ainda a vistosa coleção de distorções geradas pela má gestão – ausência de planejamento, imobilismo executivo, baixa qualidade do gasto público, entre tantos outros.

Tendo como base estas e outras teses, trabalhei uma nova proposta para o rito das MPs, aprovada por unanimidade no Senado; para contribuir com a busca de algum senso de justiça à distribuição nacional dos royalties do minério e do petróleo; para recompor os fundos de participação de Estados e municípios e proibir o inexplicável contingenciamento dos recursos em áreas essenciais como a segurança pública.

Apresentei proposta que nos possibilita abrir novos caminhos no desafio da educação e emenda à LDO para dar mais transparência e controle aos gastos públicos. E cobramos, intensamente, promessas não cumpridas, como a desoneração de áreas como saneamento e energia; estadualização de rodovias federais, entre outros muitos temas da agenda nacional.

Acredito que fiz o que era meu dever, ainda que não ignorasse a hegemonia do governismo sobre a dinâmica política do Congresso Nacional. Como você bem sabe, o governo aprova no Congresso o que quer, como quer e quando quer, assim como derrota com facilidade o que não lhe apetece e o que não lhe convém, o que restringe enormemente qualquer iniciativa da oposição.

Basta recorrer aos números do primeiro ano desta legislatura e se constatará o óbvio: não só o senador Aécio, mas toda a oposição não conseguiu superar o rolo compressor imposto pelo governo.  Se a atuação da oposição se limitar, portanto, ao confronto legislativo, o resultado da nossa ação já será sempre previamente conhecido.  Acredito, por responsabilidade, que temos o dever de atuar no sentido de garantir os avanços possíveis em cada frente.

Pode não ser melhor para uma manchete de jornal ou para a imagem pessoal, mas acredito que, muitas vezes, é melhor para o país uma articulação silenciosa do que um discurso acirrado.

Nesse sentido, não abro mão da minha responsabilidade propositiva, nem tampouco das inúmeras tentativas de produzir mínimos consensos em torno de matérias fundamentais ao país.

Tudo isso posto, confesso que, de maneira geral, tenho dificuldade de entender as surpresas ou frustrações que alguém possa ter com o fato de eu continuar sendo o que sempre fui e a fazer o que sempre fiz na minha vida pública.

Em outras palavras, compreendo que haja quem não concorde comigo, mas como se surpreender por eu continuar atuando politicamente como sempre atuei?

A minha forma de atuação política confronta-se, irremediavelmente, com ideia de que haveria, de minha parte, uma verdadeira obsessão pela Presidência. Jamais a tive. Se a tivesse, provavelmente já teria vestido, por razões de estratégia, um figurino político que agradasse especialmente a determinados interlocutores. Estaria empenhado em jogar para a platéia.

Nunca fiz e não farei política assim, justamente porque não defino minhas ações em função de posições e posturas que nada tem a ver com a política em que acredito e que acabam por reduzir e amesquinhar valores e princípios a meros instrumentos  de luta pelo poder.

Há algum tempo, atendendo a diversos companheiros, coloquei meu nome à disposição do partido como um dos pré-candidatos da nossa legenda para 2014. E quando o fiz, deixei claro que o partido conta com outros nomes do gabarito de José Serra, Geraldo Alckmin, Marconi Perillo e Beto Richa, por exemplo.

Temos perfis diferentes. Essa é a grande riqueza do PSDB. Dentre vários quadros, o partido certamente saberá escolher aquele que melhor encarne os anseios da nossa legenda e da grande parcela da população que representamos.

Digo isso porque acredito que a responsabilidade de construirmos os próximos caminhos da oposição no Brasil é uma responsabilidade partilhada por todos que fizemos essa opção, e não pode ser colocada, por conveniência ou interesse, sobre os ombros de uma só pessoa, independente de quem seja.

Desculpe-me se me alonguei. Se achar válido, leve ao conhecimento dos leitores do seu blog.

Com os meus cumprimentos,

Aécio.

Em tempo: Esclareço que não votei no 1º turno de votação da DRU na tentativa de estimular o único entendimento possível por meio da emenda, por nós apresentada, que reduzia o prazo da proposta para dois anos. Prevaleceu a ampla maioria do governo. Participei do 2º e decisivo turno, votando contra.

Registro ainda que essa mesma maioria mantém engavetada na Câmara a mudança no rito das MPs, mesmo o substitutivo tendo alcançado a unanimidade no Senado.

 

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PSDB: quo vadis?

A coisa está feia para o PSDB

1) Gilberto Kassab está passando o rodo no ninho tucano em todo o país, tomando deputados eleitos para seu novo partido, o PSD;

2) Aécio Neves, cada vez mais murcho no Senado, não é visto mais como a última Coca-Cola do deserto oposicionista em 2014. A imprensa já começa a especular que, na próxima eleição, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), talvez seja “o cara”;

3) Dia sim, dia não, o PSDB avisa: vai resgatar o legado de FHC. E isso nunca acontece;

4) José Serra já não manda nem no PSDB de São Paulo. Hoje, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) fez um desabafo no Twitter:

– Há quase uma década sem representação no Senado, o PSDB paulista me ignorou na propaganda política que está no ar.

– Resolvi passar recibo publicamente porque sequer fui consultado a esse respeito.

– A propaganda do PSDB ignora também o líder político com a trajetória e o prestígio popular de @joseserra_. Vamos bem assim…

Com o DEM a estrebuchar em praça pública e o PSDB a rodopiar em torno de si mesmo, pergunta-se: para onde vai a oposição?

P.S. Pesquisa CNI/Ibope divulgada hoje aponta que o governo da presidente Dilma Rousseff é aprovado por 71% dos brasileiros. Com 8 meses de governo, Lula tinha 69% de aprovação e FHC, 57%.

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“Adeus! O sino da barca chama…”. Uma homenagem fúnebre ao DEM

O recém-criado PSD, que nasce para ser governo (qualquer que seja o governo), vai tomar 17 dos 44 deputados federais do moribundo DEM, que um dia já foi Arena e PFL, mas que nunca soube ser oposição.

Se vivo fosse, o que será que diria o senhor aí de abaixo? Enquanto pensa, leia o poema A marcha do mundo, de Nietzsche, homenagem fúnebre deste blog àquele que foi um dia o maior partido da América Latina.

A marcha do mundo (Nietzsche)

Que seja assima marcha do mundo é tal;
Que me aconteça como a tantos outros.
Eles partem, seu bote se despedaça,
E ninguém pode mostrar o ponto do sumiço.
Adeus, adeus! O sino do barco chama,
E como demoro, o barqueiro me apressa.
E agora, ousado, parto através de vagas, tempestades e recifes!
Adeus! Adeus!…

 

Antonio Carlos Magalhães

 

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E-MAILGATE – PF não acha hacker, mas descobre uma jornalista e tromba no mensalão do DEM

Enquanto a PF não pegar o hacker, Dilma estará vulnerável

Conforme previsto, o E-mailgate começa a ficar esquisito. A Polícia Federal até agora não deteve o hacker que afirma ter invadido o e-mail de Dilma Rousseff no ano passado, roubando 600 mensagens enviadas e recebidas pela então candidata e, depois, presidente eleita. A PF, contudo, já conversou com duas pessoas que foram contadas pelo hacker: o jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Sombra, testemunha do mensalão do DEM, e uma jornalista que apresentou o hacker ao Sombra.

Não dá para entender. Por que a PF cisca na periferia do caso e não chama o hacker para depor (a Folha de S.Paulo chegou inclusive a publicar uma foto dele)? O que uma testemunha do mensalão do DEM faz nessa história? Por que o hacker conhece tantos jornalistas?

Essa história ainda vai crescer…

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Só pra contrariar, Serra defende Palocci

Palocci estava no chão, a oposição enfim tinha um motivo para fustigar o mais importante ministro de Dilma, mas eis que surge José Serra...

Da série, cadê a oposição?

Enquanto caciques do PSDB, DEM e PPS tentam, no Congresso, levar ao corner Antonio Palocci por causa de seu impressionante aumento de patrimônio nos últimos anos, José Serra defende o ministro. “Não tenho o papel de julgador a esse respeito. Acho normal que uma pessoa tenha rendimentos quando não está no governo e que esses rendimentos promovam uma variação patrimonial”, disse o ex-governador, segundo a Agência Estado. “Acho que ele já deu as explicações e saberá dar outras”, afirmou o tucano.

Foi só pra contrariar?

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Cadê Aécio?

Onde está Aécio?

Às 7h da manhã, a Folha.com colocou no ar a notícia do dia: “Aécio planeja superfusão de partidos após 2012”. Horas antes, a Folha de S.Paulo já circulava com uma chamada de capa para a reportagem.

Agora são 7h da noite. O senador Aécio Neves ainda não comentou a reportagem, fosse para confirmá-la ou desmenti-la. Nem uma nota oficial sequer. Nada.

Curioso, afinal a Folha bancou que Aécio admite acabar com a sigla PSDB, uma informação altamente explosiva. Serra e Alckmin, por exemplo, saíram a público. Condenaram a discussão da fusão PSDB/DEM/PPS.

A reportagem da Folha está ancorada em informação em off, ou seja, a fonte não foi identificada. Isso é comum. Não é comum, contudo, que o jornal tenha deixado de ouvir Aécio para a matéria ou ao menos tenha registrado que tentara fazê-lo e não conseguira. Era obrigação do jornal, afinal, repito, a Folha bancou que Aécio admite acabar com a sigla PSDB.

Estranho uma notícia tão importante ser veiculada por um jornal como a Folha sem a posição de Aécio.

Estranho a notícia ficar de pé 12 horas sem que Aécio venha a público se pronunciar.

Cadê Aécio?

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