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PV se rende a Dilma. Terceira via era na verdade via de terceira

Em 2010, tendo Marina Silva como candidata a presidente, o PV se apresentou ao eleitor como uma a terceira via  na política. Renegava o PT, antigo aliado, e por debaixo da mesa fazia o jogo de José Serra e do PSDB.

Dez meses se passaram.

Marina Silva não é mais do PV. E o PV não finge mais ser a terceira via.

Hoje, líderes do partido se reuniram com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. A imagem não mente: todos estavam felizes, em comunhão. Em cima da mesa, havia uma caixa embrulhada com fita de presente.

Agora está tudo claro mais claro: o PV não era a terceira via; era uma via de terceira.

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A guerrilha pró Aécio no Twitter

Aécio gosta de microfones, mas não gosta de jornalistas

É uma coisa impressionante!

Como qualquer um pode facilmente constatar, aqui no blog eu faço críticas ao PT, PMDB, PSDB, PDT, PV, PR, PPS e até ao ainda inexistente PSD. Aponto passagens negativas de Dilma, Lula, Ricardo Teixeira, Nelson Jobim, Palocci, SerraSérgio Cabral, Marina Silva, Temer, Collor, FHC, Sarney, Marco Maia, Hugo Chávez, Osama bin Laden, Kadafi… Nunca sofri represálias. Mas é só fazer uma crítica a Aécio Neves e a sua irmã Andrea Neves no blog que um esquema de guerrilha começa a me atacar no Twitter. É um esquema poderoso, do tipo troll. Aqui mesmo, no blog, já acusei a existência dessa guerrilha, que usa perfis falsos e robôs (veja os links no final do post).

Não adianta. Como sempre fiz em 20 anos de jornalismo, continuarei escrevendo o que eu quiser e sobre quem quiser. Incluive, quando for o caso, sobre Aécio.

Para abafar Bafometrogate, esquema de apoio a Aécio faz guerrilha no Twitter

Bafometrogate: de volta a guerrilha de Aécio no Twitter

Os tentáculos da guerrilha pró Aécio

@joaopaulom confirma: ele e João Paulo Medrado são a mesma pessoa

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Saída do PV escancara engodo do “fenômeno” Marina

A saída de Marina Silva do PV escancara verdades que ficaram mascaradas pelo “fenômeno verde” da eleição passada:

* Marina não tem densidade política. Marina não tem projeto;

* O PV é mais um partido do establishment e não uma opção de “políticos diferenciados”;

* A grande mídia usou Marina para tentar tirar votos de Dilma Rousseff e, com isso, alavancar a candidatura de José Serra. Terminada a eleição, Marina deixou de ser tratada como fenômeno.

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Oposição chega ao fundo do poço; Agora é a vez de Marina Silva

Marina não conseguiu reunir 80 pessoas em Brasília

Deu no Estado de Minas.

  • Maria Silva, a candidata de 19,6 milhões de votos na disputa presidencial e protagonista de uma campanha milionária – financiada basicamente pelo dono da Natura Cosméticos –, precisou recorrer a uma caixinha com doações para pagar o aluguel do auditório usado em Brasília para mobilizar militantes na noite de segunda-feira.
  • Quase seis meses após o feito histórico de provocar o segundo turno da eleição presidencial, numa onda verde que surpreendeu e incomodou os adversários do PT e do PSDB, Marina atraiu menos de 80 pessoas para o auditório do Centro Cultural de Brasília. Nenhuma liderança expressiva do PV, local ou nacional, ciceroneou a ex-candidata.
  • Na entrada do auditório, uma caixinha foi colocada para recolher as doações. “Por favor, deposite aqui a sua contribuição para o aluguel do auditório. O movimento Transição Democrática do PV agradece”, dizia um cartaz colado à caixa.
  • O auditório ficou vazio durante a reunião dos militantes que defendem uma mudança de comando do PV. Até as 21h, a única liderança nacional aguardada, o presidente do PV em São Paulo, Maurício Brusadin, não havia chegado ao encontro do Transição Democrática.

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Três meses sem oposição

O governo Dilma Rousseff já conta três meses. O que fez e o que deixou de fazer nesse período não chega a ser surpresa. A efeméride, contudo, esconde um fato perturbador: faz três meses que o governo não tem oposição.

O DEM – ex-Arena, ex-PFL e hoje auto-intitulado “partido das novas idéias” – esfacela-se à luz do dia. Uma de suas principais lideranças, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, criou um novo partido, o PSD, e já flerta abertamente com Dilma.

O DEM nada faz para projetar-se como futura opção à Dilma e, nesses três meses, foi incapaz de apontar os (inúmeros) furos do governo.

Marina Silva, a suposta grande revelação da política nacional, inflada a não mais poder pela imprensa na campanha presidencial, é outra que está perdida, perdida. Descobriu agora (mas só agora?) que seu PV é uma panelinha e já ameaça debandar. Para onde vai, o que quer, é uma incógnita.

O autofágico PSDB, por sua vez, consome suas entranhas. Sem perspectiva de espaço político, José Serra passa os dias a treinar o abraço do afogado em seu “companheiro” Aécio Neves. Já este, ungido grande líder das oposições, até agora não disse a que veio (no Senado, até Itamar Franco consegue fazer mais barulho que ele).

No primeiro grande teste do governo no Senado, a votação do salário mínimo, no final de fevereiro, Aécio foi uma nulidade. A jornalista Dora Kramer, do Estadão – ela, não exatamente uma petista empedernida; o jornal, um bastião da imprensa anti-PT –, acompanhou a votação e fuzilou no Twitter: “Aécio foi a grande ausência”; “Aécio decepciona com falta de posição”.

Nulo no presente e sem discurso para o futuro, Aécio parece também ter sido foi engolido pelo passado. Diante da gerentona Dilma Rousseff, que toca o governo com padrões administrativos acima da (medíocre) média das últimas décadas, Aécio abandonou seu mantra de “choque de gestão”. Ficou sem discurso.

Sem oposição, perde o país. Sem oposição, aumentam as chances de o governo do PT se perder na sua soberba. Vai mal a coisa.

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