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Fifa quer tirar Orlando Silva no grito

Esta bandeira não pode estar acima da bandeira do Brasil

Epa! Que história é essa de a Fifa vetar a participação do (ainda) ministro dos Esportes, Orlando Silva, numa reunião que a entidade fará em novembro? Vá lá que o ministro esteja pela bola sete por causa dos escândalos na sua pasta, mas quem diz quem é o representante do Brasil é a presidente Dilma Rousseff. Se ela quiser mandar Orlando Silva ou o Tiririca, a Fifa tem de aceitar.

O gesto da Fifa mostra que a entidade não respeita a soberania brasileira.

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Andrew Jennings: “Vamos tirar a roupa do Ricardo Teixeira”

Da Pública

No dia 3 de julho a Pública fez um evento de inauguração na Casa de Cultura Digital.

O jornalista Andrew Jennings, que tem revelado diversos escândalos de corrupção na FIFA, contou ao público como pretende expor a corrupção de Ricardo Teixeira. Direto e polêmico, Jennings costuma dizer que a máfia, organização que ele investigou durante anos, é amadora se comparada à FIFA.

Nesta CONVERSA PÚBLICA, Jennings incentivou o público a agir como “jornalistas de guerrilha”: “Se você está bravo pela maneira como os impostos estão sendo roubados, se está bravo porque o seu governo não vai fazer nada contra isso, você tem essa nova arma, a internet.  É essa arma que vamos usar para lutar essa guerra”.

O jornalista  vai voltar ao Brasil no final de outubro para uma sessão no Senado federal. Ele afirma que Teixeira e João Havelange são investigados na Suíça em um caso de subornos na negociação de direitos de transmissão de jogos e patrocínios de Copas de Mundo. Segundo ele,  Teixeira e Havelange teriam feito um acordo com a Justiça suíça para devolver US$ 9 milhões de dólares obtidos com corrupção.

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Dilma, Aécio e Ricardo Teixeira jogam “gato e rato”. Adivinhe quem ganhou?

Dilma e Pelé: bem na foto

Na sexta-feira de manhã, em Belo Horizonte, ao lado de Pelé, Dilma Rousseff participou da cerimônia de contagem regressiva (1.000 dias) para o início da Copa do Mundo no Brasil. Como não quer ter sua imagem associada a Ricardo Teixeira, presidente da CBF e do Comitê Organizador da Copa 2014, Dilma deixou a capital mineira antes da chegada dele.

Aécio, no evento da Coca, ao lado de Ricardo Teixeira: queimando o filme

Senador por Minas Gerais, o tucano Aécio Neves não ciceroneou Dilma. Estava no Rio de Janeiro, no 2º Seminário da Frente Parlamentar em Defesa da Adoção. Azar de Aécio, que perdeu a chance de aparecer ao lado de Dilma quando esta, de surpresa, anunciou a liberação de R$ 2 bilhões de verbas federais para o metrô de Belo Horizonte, reivindicação antiga dos belorizontinos.

Ainda na sexta, com Dilma já de volta a Brasília, Aécio voou do Rio para BH. À noite, acompanhou Ricardo Teixeira na inauguração de um relógio, patrocinado pela Coca Cola, que marca a contagem regressiva para a Copa.
 
Resumo da ópera: Aécio ficou com a Coca Cola e com Ricardo Teixeira. Dilma, com o metrô de BH e com Pelé.
 
Depois dizem que ela é neófita em política e que ele é um gênio.

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De braço dado com Ricardo Teixeira, Aécio se diz preocupado com corrupção nas obras da Copa

Aécio e Ricardo Teixeira, em novembro de 2008. Reparem a mão de um segurando o braço do outro

Três meses atrás, o blog noticiou que um relatório do Tribunal de Contas de Minas Gerais (TCE-MG) apontava indícios de graves irregularidades nos contratos e na execução das obras do estádio do Mineirão. Os contratos foram fechados e iniciados na segunda gestão de Aécio Neves no Governo de Minas (2007-2010). O relatório do TCE-MG apontava ausência de licitação, pagamento por serviços não prestados e superfaturamento, entre outras irregularidades. No blog, quatro posts trataram do assunto:

1) A explosiva proximidade de Aécio com Ricardo Teixeira;

2) EXCLUSIVO: trechos do relatório do TCE sobre as obras do Mineirão que pode complicar a vida de Aécio;

3) Ricardo Teixeira, Aécio Neves e as obra$ do Mineirão;

4) Vídeo mostra Aécio autorizando as obra$ do Mineirão apontadas como superfaturadas em relatório do TCE.

No primeiro post, eu dizia o seguinte:

“Quando governava o Estado, Aécio se aproximou bastante de Ricardo Teixeira, presidente do comitê organizador da Copa 2014, e se envolveu de forma pesada nas articulações para fazer de Minas uma das principais sedes do evento. O negócio é bruto. Só as obras do Mineirão deverão consumir algo em torno de R$ 1 bilhão.

Tanto dinheiro público, sabe-se agora pelo o relatório do TCE, é gasto de forma no mínimo nebulosa. Um exemplo: o escritório de arquitetura de um amigo de Aécio, Gustavo Penna, foi contratado sem licitação por R$ 17,8 milhões.

Pois bem, na segunda-feira passada, em seu artigo semanal na Folha de S.Paulo, Aécio escolheu como tema as obras públicas para a Copa de 2014. Colocando-se como juiz da partida jogada pelo governo federal na Copa, o senador criticou o polêmico regime especial de contratação das obras, o RDC. Escreveu o tucano:

“A falta de transparência nessas contratações e a urgência nos prazos poderão resultar em desperdício de dinheiro e em chances de corrupção. Infelizmente, outros dois velhos conhecidos do país.”

Quanto ao jogo jogado em Minas com o dinheiro público, do qual Aécio foi e ainda é cartola, nada. Nenhuma palavra também sobre relatório do TCE-MG. Apenas silêncio.

A severidade seletiva do tucano não foi perdoada pelo Movimento Minas sem Censura, que reúne opositores de Aécio no Estado ligados ao PT, PMDB e PCdoB. Em nota divulgada à imprensa, o MSC afirmou:

“Quem é Aécio Neves para elucubrar sobre gestão, planejamento e transparência? Há, inclusive, a proposta de uma CPI na Assembleia Legislativa de Minas para apurar tais irregularidades <nas obras do Mineirão>. Evidentemente, sua base parlamentar impede a instalação da mesma.”

Isto é Aécio: um discurso.

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Vídeo mostra Aécio autorizando as obra$ do Mineirão apontadas como superfaturadas em relatório do TCE

Belo Horizonte, janeiro de 2010. “O governador Aécio Neves autorizou a reforma”, anuncia a repórter que cobre a solenidade que marca o início das obras do Mineirão (a partir de 1 minuto e 20 segundos na reportagem). Logo depois (1 minuto e 30 segundos), entra a sonora de Aécio: “Antes do final deste ano, nós estaremos autorizando a terceira e definitiva etapa [da obra]”.

Belo Horizonte, junho de 2011. A apresentação do MGTV, da TV Globo, apresenta a reportagem que trata dos “indícios de superfaturamento e contração de serviço sem licitação” nas obras do Mineirão.

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Ricardo Teixeira, Aécio Neves e as obra$ do Mineirão

Julho de 2010 – O presidente do Comitê Organizador da Copa 2014, Ricardo Teixeira, e o então candidato a senador Aécio Neves (PSDB) vistoriam as obra$ do Mineirão. Copa e eleição, realmente tudo a ver…

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EXCLUSIVO: trechos do relatório do TCE sobre as obras do Mineirão que pode complicar a vida de Aécio

Veja abaixo trechos do relatório do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais que pode complicar a vida do senador Aécio Neves (para entender, leia o post anterior).

O que a auditoria descobriu: "ausência de licitação", "pagamento de serviços não executados", "desvio de objeto", "superfaturamento" e "jogo de planilha".

Ausência de licitação para a contratação do escritório de arquitetura de Gustavo Pena, amigo de Aécio, para realização do projeto básico das obras do Mineirão. Valor: R$ 17,8 milhões.

 

Pagamentos indevidos

Superfaturamento

Itens que sofreram acréscimo de preços

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A explosiva proximidade de Aécio com Ricardo Teixeira

Copa 2014; Eleição 2014: Aécio pisa na bola

A divulgação de um relatório do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apontando indícios de graves irregularidades nos contratos e na execução das obras do estádio do Mineirão, possível sede da abertura da Copa 2014, pode vir a representar um baque nos projetos políticos de Aécio Neves.

Quando governava o Estado, Aécio se aproximou bastante de Ricardo Teixeira, presidente do comitê organizador da Copa 2014, e se envolveu de forma pesada nas articulações para fazer de Minas uma das principais sedes do evento. O negócio é bruto. Só as obras do Mineirão deverão consumir algo em torno de R$ 1 bilhão.

Tanto dinheiro público, sabe-se agora pelo o relatório do TCE, é gasto de forma no mínimo nebulosa. Um exemplo: o escritório de arquitetura de amigo de Aécio, Gustavo Penna, foi contratado sem licitação por R$ 17,8 milhões.

Além de ausência de licitação pública, pagamentos por serviços não executados e desvio de objeto, o relatório do TCE aponta também indícios de superfaturamento.

Vivendo um dos momentos mais duros no embate interno no PSDB para se firmar como candidato do partido à Presidência da República na eleição de 2014, Aécio Neves abre um flanco imenso para seus adversários – de dentro e fora do ninho tucano.

Uma investigação mais apurada na dobradinha Aécio/Ricardo Teixeira e no canteiro de obras do Mineirão pode fragilizar a imagem do tucano mineiro de gestor sério e eficiente que fora tão cuidadosamente esculpida por sua irmã, a maga da comunicação Andrea Neves.

Tudo o que Aécio Neves não precisava neste momento é cair na vala comum em que chafurda Ricardo Teixeira.

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Inflação, câmbio e aeroportos: calcanhares de Aquiles de Dilma

Com quatro meses de governo, o calcanhar de Aquiles de Dilma fica evidente.

O ponto mais crítico é a economia: baixar a inflação, que já atinge níveis alarmantes, e ao mesmo tempo combater a supervalorização do real é um desafio que, além de difícil e conflitante, exigirá enormes sacrifícios. O problema é macroeconômico, mas as consequências serão políticas.

O segundo ponto é a infra-estrutura. Se, com seus aeroportos, o Brasil fizer feio na Copa de 2014, Dilma será apontada, por uma grande parcela da população e por toda a oposição, como a principal culpada. O PSDB já deu mostras de que percebeu isso ao levar o tema para seu programa de TV. Com a auto-estima elevada, o brasileiro espera fazer bonito para os estrangeiros. Não custa lembrar que a Copa acontecerá quatro meses antes da eleição presidencial. E, para ficar bem com a (ora disputadíssima) classe média, Dilma precisará corresponder esse sentimento à altura.

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