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A guerrilha pró Aécio no Twitter

Aécio gosta de microfones, mas não gosta de jornalistas

É uma coisa impressionante!

Como qualquer um pode facilmente constatar, aqui no blog eu faço críticas ao PT, PMDB, PSDB, PDT, PV, PR, PPS e até ao ainda inexistente PSD. Aponto passagens negativas de Dilma, Lula, Ricardo Teixeira, Nelson Jobim, Palocci, SerraSérgio Cabral, Marina Silva, Temer, Collor, FHC, Sarney, Marco Maia, Hugo Chávez, Osama bin Laden, Kadafi… Nunca sofri represálias. Mas é só fazer uma crítica a Aécio Neves e a sua irmã Andrea Neves no blog que um esquema de guerrilha começa a me atacar no Twitter. É um esquema poderoso, do tipo troll. Aqui mesmo, no blog, já acusei a existência dessa guerrilha, que usa perfis falsos e robôs (veja os links no final do post).

Não adianta. Como sempre fiz em 20 anos de jornalismo, continuarei escrevendo o que eu quiser e sobre quem quiser. Incluive, quando for o caso, sobre Aécio.

Para abafar Bafometrogate, esquema de apoio a Aécio faz guerrilha no Twitter

Bafometrogate: de volta a guerrilha de Aécio no Twitter

Os tentáculos da guerrilha pró Aécio

@joaopaulom confirma: ele e João Paulo Medrado são a mesma pessoa

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A quem interessa criar uma falsa crise entre as FFFAA e o poder civil?

Celso Amorim e os comadantes militares: todos naquela reunião seguem a hierarquia

Celso Amorim não gosta dos militares. Celso Amorim é de esquerda. Celso Amorim prefere Irã e Venezuela aos Estados Unidos…

Os militares não gostam de Celso Amorim. Os militares não engolem a esquerda. Os militares enxergam em figuras como Mahmoud Ahmadinejad e Hugo Chávez – e, obviamente, seus comparsas – inimigos a serem combatidos…

Isso é o que parte da imprensa quer que você pense, mas será mesmo assim?

A leitura chapada dos fatos – às vezes equivocada, às vezes mal-intencionada – leva muitos a uma conclusão rasteira: Celso Amorim não dará certo como ministro da Defesa porque vai trombar com os militares. Duvido. Primeiro: as Forças Armadas de hoje – e eu falo por conhecer – não só estão conscientes da hierarquia devida ao poder civil como também prezam os valores democráticos. Se os militares aceitaram bater continência para um ex-sindicalista e uma ex-guerrilheira, que por força do destino se tornaram comandantes-em-chefe das Forças Armadas, por que não se subordinariam a Celso Amorim, que não é exatamente uma Heloisa Helena da diplomacia?

Os militares são menos suscetíveis a mudanças do que parte da mídia faz crer. Podem até não as querer, mas não marchariam contra o Planalto, por exemplo, contra a abertura dos documentos da ditadura, a instauração da Comissão da Verdade e até, num caso extremo, uma possível revisão da Lei da Anistia.

O Brasil não foi adiante em questões sensíveis na área de direitos humanos não por pressão das Forças Armadas, mas por tibieza do poder civil, por comodismo de presidentes eleitos diretamente, por falta de interesse do Planalto em comprar uma briga que, para boa parte da sociedade, não lhe diz respeito.

Dizer que os militares não aceitam isso ou aquilo é não querer enxergar que o Brasil mudou. Há uma década, Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma enrolam a Aeronáutica na história da compra dos caças e não se ouve um pio na caserna. Não há dinheiro para honrar o sagrado direito dos recrutas a três refeições diárias ou para fazer os navios e aviões se moverem, mas generais, brigadeiros e almirantes não abrem a boca em público.

Não há tensão na caserna com a ascensão de Celso Amorim, só nas redações.

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Eleição de Humala no Peru é vitória suprema de Lula sobre Chávez

Lula papou Chávez

Mais uma da série “posts que pretendia escrever, mas alguém foi mais rápido que eu”. Desta vez, quem me furou foi Alon Feuerweker, jornalista de boa cepa e um baita analista de política nacional e internacional. Resumo da história: a eleição do outora radical de esquerda Ollanta Humala para a Presidência do Peru e sua conversão ao estilo Lula de governar (ortodoxia na política econômica, mas sem perder o foco no social) significa a pá de cal no modelo bolivariano de Hugo Chávez, ex-guru de Humala (Alon não chega a tanto, mas para mim e também para a revista The Economist este é o sumo da história).

Leia abaixo, a análise de Alon e aqui o link para o artigo da The Economist.

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O sucesso de um modelo

Alon Feuewerker, do Blog do Alon

O modo como o presidente peruano Ollanta Humala chega ao governo é paradigmático de uma estratégia desenvolvida pelo PT no Brasil e agora exportada com sucesso para o vizinho nos Andes.

Moderação econômica, ênfase nos programas sociais e  busca de uma posição não hostil aos Estados Unidos.

Na resultante, a procura de um ambiente estável em prazo suficientemente longo para permitir a consolidação e a capilarização do poder. Com isso, e para isso, isolar a oposição política de suas fontes internas e externas de legitimidade.

Vem funcionando razoavelmente aqui. Funcionará com Humala?

O novo presidente peruano era na origem mais assemelhado a outro líder regional, o venezuelano Hugo Chávez. Na extração militar, nas raízes indígenas e na ideologia, que combina o nacionalismo à etnicidade.

Daí o nome do movimento que o catapultou à política nacional: o etnocacerismo. Uma fusão de nacionalismo militar, central na história moderna do país, e nativismo inca.

Mas o modelo chavista, confrontacional, mostrou-se recentemente algo desvantajoso. Na economia e na política.

Nesta, o ponto de inflexão talvez tenha sido a crise hondurenha, quando o presidente Manuel Zelaya pretendeu romper os limites institucionais e acabou vítima de um vitorioso golpe de estado.

Cujo desfecho se deu pela via pacífica, com a eleição de um sucessor e o último acordo político de reconciliação. O resultado da encrenca acabou por reforçar a posição americana e enfraquecer Chávez, o sócio de Zelaya na aventura que tirou o hondurenho da cadeira.

O Peru é exemplo regional de sucesso econômico, mas o presidente que sai, Alan Garcia, não pôde ou não quis influir decisivamente na própria sucessão. Provavelmente porque planeja voltar mais adiante e não arriscou catapultar uma liderança alternativa no seu próprio campo.

É sempre uma aposta arriscada, mas vai saber?

Humala, que perdera a última disputa para Garcia, venceu agora a filha do ex-presidente Alberto Fujimori, Keiko. O etnocacerista conseguiu atrair um pedaço do voto centrista-conservador, bem expresso no apoio recebido do escritor e Prêmio Nobel Mário Vargas Llosa, liberal convicto e militante.

Humala agitou bem a bandeira antigolpista, antifujimorista, e acabou levando por estreita margem no segundo turno.

Sua receita para obter os recursos necessários à implementação das políticas sociais é aumentar a taxação sobre setores oligopolizados, o mais destacado deles a mineração.

Humala assume num momento de crescentes incertezas econômicas. Talvez não venha a dispor da abundância de capitais externos sobre a qual o Brasil ergueu uma política econômica que, simultaneamente, tem garantido os benefícios sociais aos mais pobres, a remuneração generosa ao capital financeiro e algum controle da inflação.

É possível que o novo presidente peruano talvez precise copiar outro vetor do modelo brasileiro: a desnacionalização maciça, marcada pelo bonito nome de “investimento direto”. O mecanismo de preferência para atrair recursos que permitem o fechamento das nossas contas externas.

Como Humala vai combinar isso com o discurso nacionalista? Nem aqui precisará ser original. O que antes seria a inaceitável entrega das riquezas nacionais aos estrangeiros transformar-se-á rapidamente em sinal de confiança do resto do mundo na economia peruana.

E os opositores, eles próprios defensores dessa próspera alienação, irão dividir-se entre aplaudir e remoer-se de inveja. Estes últimos desperdiçarão tempo e energia cobrando coerência. E serão chamados de ressentidos, de não aceitarem a chegada do povo ao poder.

Assim como toda projeção, esta minha pode ser furada. Mas ela é pelo menos divertida.

Fascista

Culpar os cristãos ou os conservadores pelos atos do maluco de Oslo equivale a criminalizar os muçulmanos pelas ações da Al Qaeda.

Quando alguém aceita lançar mão do conceito de culpa coletiva, permite invariavelmente que a irracionalidade penetre um pouco mais na própria alma.

Fica um pouco mais fascista, em resumo.

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Confirmado: Chávez retirou um tumor maligno

Confirmado: Hugo Chávez, presidente da Venezuela, passou por uma cirurgia em Cuba para a retirada de um tumor maligno.

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Venezuela cancela cúpula; aumenta incerteza quanto à saúde de Chávez

Xiiiiiiii…… Depois de espalhar aos quatro cantos que, ao comparecer na próxima semana à Cúpula da América Latina e Caribe, Hugo Chávez espanaria de vez os boatos de que está em estádo crítico de saúde, com câncer, a diplomacia venezuela anunciou hoje o cancelamento do evento, que seria realizado em Isla Margarita.

Faz 25 dias que Chávez deixou a Venezuela de surpresa e se internou num hospital em Havana.

Hoje, o governo de Cuba divulgou um vídeo em que Chávez aparece conversando com Fidel Castro. Veja abaixo:

 

 

 

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Possível agravamento na saúde de Hugo Chávez pode alterar geopolítica mundial

Chávez: sem ele, o antiamericanismo perderia força nas Américas e no mundo

Merece atenção a  informação difundida hoje pelo jornal El Nuevo Herald, de Miami, de que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, está com câncer na próstata em “estado clínico crítico”. Se a informação for verdadeira, em breve a geopolítica mundial – sobretudo a das Américas – poderá dar um pinote.

Doze dias atrás, Chávez sumiu de cena em Caracas e reapareceu internado num hospital de Havana. Os boletins médicos relatam, de forma obscura, que o presidente venezuelano trata de um abscesso pélvivo. Não há previsão de alta.

Herdeiro político de Fidel Castro, Chávez carrega de forma solitária a bandeira do antiamericanismo nas Américas, o que faz dele a principal referência no continente para os inimigos da Casa Branca, como o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, e o ditador líbio, Muammar Gaddafi.

Uma possível ausência de Chávez seria um forte abalo para o movimento antiamericanista, que perderia assim um marqueteiro vigoroso e os bilhões do petróleo venezuelano. Os irmãos Castro, por sua vez, ficariam sem seu principal parceiro ideológico. É de se esperar que um possível fim abrupto da “revolução bolivariana” de Chávez causaria grande impacto na decrépita revolução cubana.

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Uma foto, mil palavras (IV): Palocci nas garras de Chávez

Falta pouco para o presidente Hugo Chávez cravar as unhas em Palocci. Confesso que essa eu não entendi.

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Da série “odeio segunda-feira”: Dilma divide o dia entre Chávez e Palocci

Antonio Palocci: a sardinha

Hugo Chávez: o gato

Hoje, a presidente Dilma Rousseff terá um dia tenso. Terá de vigiar o gato (Hugo Chávez, presidente da Venezuela, em visita ao Brasil) e a sardinha (o ministro-problema Antonio Palocci) .

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O povo não é bobo. (Ou a-ha!, u-hu!, abaixo a Telesur!)

Cartas do documentário "A revolução não será televisionada"

Na Venezuela, no passado recente, o presidente Hugo Chávez foi vítima de uma sórdida campanha dos meios de comunicação daquele país. Em 2002, sofreu um golpe de Estado (posteriormente revertido) movido por interesses internacionais (leia-se, Casa Branca) e locais (leia-se, gangsteres metidos no negócio do petróleo). Com apoio material, financeiro e uma cobertura jornalística desavergonhada, empresários de comunicação venezuelanos foram sócios na conspiração. Tudo pode ser visto no excelente documentário irlandês A revolução não será televisionada (link abaixo).

Nove anos se passaram. E agora é Chávez quem lança mão dos meios de comunicação na tentativa de tanger a realidade de um país.

Enquanto o mundo assiste maravilhado à onda revolucionária no mundo islâmicno, Chávez colocou sua Telesur, rede de TV que controla, a serviço de um de seus maiores aliados, o ditador líbio, Muamar Kadafi. “Calma na capital da Líbia”, anuncia o locutor (veja abaixo).

Em outra reportagem (assista aqui), com uma voz fraca, quase envergonhada, o enviado especial da Telesur à capital Líbia, Jordán Rodríguez, repete o bordão: “A calma se mantém em Trípoli”. Meninos jogam futebol, o comércio funciona normalmente, as pessoas andam nas ruas… No pasa nada!

Mas o povo não está nas ruas? Sim, concorda a Telesur, mas por um motivo bem diferente do que imaginamos, qual seja, para empenhar apoio a Kadafi e protestar contra a campanha velada da Otan por uma invasão estrangeira da Líbia. O repórter tem a pachorra de entrevistar dois apoiadores de Kadafi que dizem que a situação na capital está tranqüila. Mas e quanto aos relatos que dão conta de centenas de civis mortos e de deserções nas Forças Armadas e no Executivo, motivadas pela discordância em relação à forte repressão do governo contra os manifestantes? Isso é coisa da Al Jazeera e da BBC, que estariam distorcendo a realidade, explicam os entrevistados.

Quem diria, a revolução está sendo televisionada, mas não pela TV de Chávez. O efeito disso será nulo – aliás, servirá apenas para queimar ainda mais o já velado filme do presidente venezuelano.

A Telesur prevarica; a onda continua.

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