Arquivo da categoria: Economia

Finalmente, o livro de Amaury

Finalmente, saiu o livro de Amaury Ribeiro Jr. sobre o processo de privatização no governo Fernando Henrique Cardoso. Chama-se A privataria tucana (Geração Editorial). Um detalhe: o lançamento não contou com divulgação prévia na imprensa ou campanha de publicidade porque Amaury e a editora temiam que o PSDB tentasse censurar o livro na Justiça, segundo me disse o próprio Amaury duas semanas atrás.

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Royalties do pré-sal: Ancelmo Gois chama Aécio de “menino do rio”

Quando eu disse aqui que Aécio Neves havia privilegiado o Rio de Janeiro e prejudicado Minas Gerais na votação do projeto do Senado que define as regras de distribuição dos royalties do pré-sal, teve gente que não gostou.

Releia os posts publicados no blog na quinta e na sexta:

. Royalties do pré-sal: Aécio esquece o que prometeu na campanha, abandona Minas e defende o Rio

. Projeto que Aécio tentou derrubar aumenta em 726% a receita de MG no pré-sal

Veja agora o que o insuspeito jornalista Ancelmo Gois escreveu no sábado na sua coluna n`O Globo:

Menino do Rio

Sérgio Cabral ofereceu um jantar ao tucano Aécio Neves, quinta, para agradecer o apoio do mineiro, que liderou um grupo de 16 senadores da oposição contra a proposta que tungou os royalties do Rio.
A verdade é que…
Até agora, o PSDB de Aécio tem ajudado mais o Rio nessa questão que o PT de Dilma.

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Projeto que Aécio tentou derrubar aumenta em 726% a receita de MG no pré-sal

Aécio na tribuna do Senado: se dependesse da vontade dele, Minas teria perdido, só em 2012, R$ 665 milhões

O post abaixo (Royalties do pré-sal: Aécio esquece o que prometeu na campanha, abandona Minas e defende o Rio) acendeu uma discussão na internet, sobretudo no Twitter. Defensores do senador Aécio Neves questionaram a informação do blog de que o tucano mineiro atuou contra Minas e a favor do Rio. Pois bem, na edição de hoje do Estado de Minas (jornal, como se sabe, aecista até a medula) está registrado: o projeto aprovado no Senado, com a oposição de Aécio (isso a reportagem não diz), fará com que, já em 2012, a fatia de Minas nos recursos do pré-sal seja aumentada de R$ 91,5 milhões para R$ 757 milhões (acréscimo de 726%).

Ou seja, se a posição de Aécio na votação tivesse prevalecido, Minas teria perdido. E muito!

Abaixo, a reportagem do Estado de Minas.

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Fatia mineira nos royalties do petróleo vai crescer 726%

Daniel Camargos, do Estado de Minas

Minas Gerais será um dos maiores beneficiados com a aprovação do substitutivo do senador Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB) ao Projeto de Lei 448/11, que trata da divisão dos royalties e da participação especial entre União, estados e municípios. A soma do repasse ao governo mineiro e aos municípios do estado no ano passado foi de R$ 91,5 milhões. Com a mudança, passará para R$ 757 milhões em 2012. Um aumento de 726%. A modificação afeta diretamente os principais estados produtores, principalmente Rio de Janeiro, que terá queda de 1%. Os fluminenses, entretanto, permanecerão com a maior parte do bolo: R$ 9,5 bilhões, de um total de R$ 19,1 bilhões.

De acordo com o texto aprovado pelo Senado, a fatia dos royalties dos estados e municípios não produtores saltará de 8,75% para 40%, caso de Minas Gerais. Os municípios produtores sofrerão maior redução: de 26,25% passam para 17% em 2012 e chegam a 4% em 2020. Já os municípios afetados de alguma forma pela exploração de petróleo também terão cortes: de 8,75% para 2%. A União terá sua fatia dos royalties reduzida de 30% para 20% já no ano que vem. Os estados produtores vão amargar uma queda de 26,25% para 20%.

Dos recursos do petróleo, 46% são relativos aos royalties e 54% às participações especiais. O substitutivo também prevê a redistribuição da participação especial. A participação da União cai de 50% para 42% no próximo ano. Porém, com a expectativa de aumento das receitas, a União terá a alíquota ampliada ano a ano até chegar aos 46% previstos inicialmente pelo governo. Os estados produtores terão uma redução de 40% para 34% e os municípios produtores, de 10% para 5%. Já os estados e municípios não produtores terão um aumento de 0% para 19%.

O superintendente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Gustavo Persichini, entende que a concentração de recursos na mão da União pode “fragilizar o pacto federativo”. Porém, ele ressalta que caso o projeto se torne lei da forma como está trará um ganho inegável para os municípios. “O impacto é imediato, mas é preciso se preocupar com a gestão pública, pois esses recursos são finitos”, destaca Persichini. “Não podemos tratar esse dinheiro como tábua de salvação. É preciso gastar nos gargalos estruturais”, completa o superintendente da AMM.

O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, faz questão de ressaltar que as mudanças só ocorreram graças à mobilização dos prefeitos junto aos parlamentares. “A constituição prevê que o que existe na costa é de propriedade da União”, afirma Ziulkoski. “Esse bem finito chamado petróleo foi consolidado há milhões de anos e está afundado na costa, não é de um estado nem de outro”, reforça.

Destinação

Além da nova distribuição dos royalties e da participação especial, outros pontos do substitutivo foram mantidos por Vital do Rêgo. O projeto aprovado prevê que parte da verba dos estados e municípios tenha destinação específica, beneficiando os setores da educação, saúde, desenvolvimento e infraestrutura. Também impede que a União venda parcela do óleo a que tem direito no regime de partilha por um preço abaixo do praticado pelo mercado.

Por outro lado, alguns pontos foram retirados, como aquele que prevê a possibilidade de joint venture entre União e exploradoras de petróleo no caso de campos a serem licitados por meio de partilha. Outro retirado é o que modifica pontos de referência que definem as áreas de exploração do óleo no mar, alterando a geografia das bacias de petróleo. Na prática, o Rio de Janeiro, por exemplo, perderia uma ponta das bacias de Campos e de Santos.

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Royalties do pré-sal: Aécio esquece o que prometeu na campanha, abandona Minas e defende o Rio

13 DE AGOSTO DE 2010 – Candidato a senador por Minas Gerais, Aécio Neves defende publicamente a distribuição dos royalties do pré-sal de modo mais igualitário, diminuindo a fatia que caberia aos estados produtores em benefício das demais unidades da federação. Na ocasião, Aécio disse: “A nova produção deve ser distribuída equanimente entre todos os estados brasileiros com o critério da população e da renda. Não adianta nada você criar um país com várias divisões. Se você concentra apenas nos estados produtores, vamos ter uma educação diferenciada nesses estados, uma saúde diferenciada nesses estados. O pré-sal é uma grande oportunidade de o Brasil ser mais igual e investirmos mais, principalmente em educação e saúde.”

29 DE SETEMBRO DE 2010 – Aécio encerra sua campanha ao Senado, segundo ele, tomado pelo sentimento de responsabilidade com Minas. Naquele dia, no programa de TV, aos 24 segundos (veja abaixo), o candidato disse: “Vi renascer em mim, ainda mais fortes, os sentimentos de Minas, que têm sempre me acompanhado. O sentimento de afeto, o sentimento de respeito pelos mineiros. O sentimento de responsabilidade para com Minas”.

28 DE SETEMBRO 2011 – Um ano depois daquela fala, eleito e empossado, Aécio já não defendia Minas Gerais na questão da divisão dos recursos do pré-sal. Naquele dia, o tucano subiu à tribuna do Senado e defendeu, sim, os interesses do Rio de Janeiro. No vídeo da TV Senado, aos 29 segundos (assista abaixo), Aécio afirma: “Não se pode pensar em alterar as regras de distribuição dos royalties promovendo a retirada de recursos de Estados e municípios produtores, uma vez que esse direito foi e é assegurado pela Constituição a esses Estados. (…) Digo isso porque não será tirando de nenhum Estado produtor – especial do Rio de Janeiro – recursos que nós vamos redefinir ou refundar a Federação no Brasil”.

19 DE OUTUBRO DE 2011 – Ontem, finalmente o Senado votou o projeto dos royalties do pré-sal. Foi um duro embate. Aécio atuou como aliado do Rio, fazendo às vezes de quarto senador fluminense, deixando Minas, na prática, com apenas dois representantes.

Ao final, a despeito do esforço de Aécio, venceram os Estados não produtores.

Aécio: ó o auê ai ó

Fica a dúvida: o que terá acontecido com aquele “sentimento de responsabilidade com Minas”?

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O dia em que a Apple revolucionou o… ah, deixa pra lá

Hoje é um dia especial. Pelo menos é o que parece.

Desde que acordei, fui massacrado com a notícia de que a Apple lançaria hoje o iPhone 5. No rádio do carro, ouvi a notícia pelo menos três vezes em emissoras diferentes. Na internet, a informação estava na home dos principais portais.

 Volto ao rádio e mais iPhone 5. Da Califórnia, ouço uma jornalista dizer “sim, é hoje, daqui a pouco, aqui em Cupertino, o lançamento do iPhone 5”. Uau, pensei, se tem tanto jornalista numa expectativa tão grande é porque vem uma grande novidade por aí. Vai ver que o iPhone 5 faz sorvete ou tem karaokê, sei lá. Mas seja o que for, imaginei, será revolucionário.

Na hora do almoço, entre uma garfada e outra de strogonoff, distraído, acabei me esquecendo do iPhone 5. Mas foi só voltar para a tela do computador e, pum!, mais uma avalanche de notícias sobre o iPhone 5. Empolgado escolhi um portal que prometia cobertura em tempo real. Às 13h59, rufaram os tambores. “Senhoras e senhores, nossa apresentação começa em instantes”, disse alguém da Apple, direto da Califórnia. Uau! E então… Eis que é apresentado o iPhone 5. Ou melhor, iPhone 4S (o nome mudou no meio do caminho, mas não consegui entender o motivo). No restante da tarde, só deu iPhone 4S.

Realmente, o iPhone 4S tem algumas boas novidades. Não que eu tenha arrancado o cabelo por nenhuma delas, mas são novidades. Quanto ao design, bem, o iPhone 4S é idêntico ao meu iPhone 4. É… legal…

Fiquei imaginando: putz, os gênios da Apple são mesmo sensacionais. Mas fera mesmo são o marketing e a assessoria de imprensa dos caras.

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Ainda pensando em comprar aquele sofá em 12 vezes? Então veja esse vídeo

Se você ainda continua pensando em comprar aquele sofá bacana em 12 prestações, veja este vídeo (legendado em português de Portugal). Trata-se de uma entrevista feita pela BBC com Alessio Rastani, investidor independente. Num rasgo incomum de sinceridade, Rastani afirma, entre outras coisas, que os especuladores como ele estão adorando a crise nas economias da Europa e dos Estados Unidos. Diz ele:

“Se eu vejo uma oportunidade de fazer dinheiro, eu aproveito.”

“A maioria dos traders… nós não nos importamos realmente em consertar a economia. (…) O nosso trabalho é fazer dinheiro a partir disso.”

“Tenho sonhado com esse momento há três anos. Eu tenho de confessar: quando vou para a cama, sonho com uma nova recessão, com outro momento como este”.

“Os governos não mandam no mundo. Quem governa o mundo é a Goldman Sachs”.

A crueza de Rastani levantou a suspeita de que ele seja um ator a serviço de um grupo especializado em pegadinhas. Mas a BBC garantiu oficialmente que Rastani é mesmo um tubarão sem coração e não um piadista.

Uma coisa é certa: Rastani diz a verdade. E, pelo sim pelo não, é melhor começar a desconfiar do que os jornais publicam sobre a crise.

Quanto aquele sofá, esqueça!

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Cristovam Buarque: o ouro de ontem e o petróleo de amanhã

O pré-sal pode ser um tesouro; o pré-sal pode ser uma miragem

O pré-sal pode ser um tesouro; o pré-sal pode ser uma miragem

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) escreveu um artigo, publicado em diversos jornais do país na semana passada , alertando para os riscos da riqueza fácil representada pelo pré-sal. Citando Boa Ventura!, Cristovam lembrou como o ouro retirado do Brasil no século XVIII – aproximadamente 1.000 toneladas, quantidade nunca vista até então – serviu apenas para bancar o luxo de Portugal por um século e não para fazer um país rico. Na época, vidrados no “dinheiro fácil” que saia do solo da colônia, os portugueses se descuidarem da agricultura e da indústria. Afinal, se havia dinheiro para comprar tudo, por que produzir? A analogia feita por Cristovam é muito interessante. Eu mesmo, enquanto escrevia Boa Ventura!, não conseguia parar de pensar no nosso pré-sal.

Então, que a corrida do ouro no Brasil entre 1700 e 1800 nos sirva de lição: uma riqueza fácil mal trabalhada, mesmo que imensa, é uma riqueza inútil.

A seguir, o artigo do senador.

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Despertador de consciência

Cristovam Buarque, professor da UnB e senador (PDT-DF)

Quem estiver entusiasmado com o pré-sal, sugiro que se lembre do nosso “pré-sal” anterior: as minas de ouro, prata e pedras preciosas de Minas Gerais, no século 18. Para ver os resultados daquele pré-sal, sugiro o recente livro de Lucas Figueiredo Boa Aventura: A corrida do ouro no Brasil (1697-1810), publicado pela editora Record. O livro pode ser lido com a emoção da aventura: bandeirantes pioneiros enfrentando a mata, índios independentes e todo tipo de intempérie na busca do ouro. Pode ser lido também como um texto político e econômico que mostra o que ficou dessa aventura. É surpreendente como aquela aventura deu certo, tendo tudo contra, especialmente a natureza, mas também as disputas entre os aventureiros e a desordem do novo país e a metrópole portuguesa. Surpreende que, sem qualquer indicação, o ouro tenha sido explorado, transportado e finalmente entregue e enriquecido Portugal. Foram necessários milhares de nossos brasileiros, paulistas em geral e emboabas, todos com muita cobiça e coragem, pouca generosidade e amor ao próximo. Escravizando índios e comprando escravos negros, esses homens viveram, lutaram, mataram e morreram, sem a certeza de que encontrariam o ouro anunciado, com base apenas no fato de que Pizarro e Cortês haviam encontrado ouro e prata no México e no Peru. Completamente diferente da realidade do novo pré-sal de hoje, quando a geologia mostra com alta probabilidade a existência e o tamanho das reservas de petróleo, é com uma exploração que, apesar das dificuldades tecnológicas, será feita sem a necessidade de esforço pessoal, sem qualquer risco de vida, somente financeiro. Naquele tempo, por alguns anos, o próprio ouro era o dinheiro. Já o petróleo não permite saber o seu preço no futuro nem se terá valor se outras fontes energéticas se tornarem mais econômicas. Naquele tempo, o ouro brasileiro enriqueceu Portugal por alguns anos e o empobreceu por séculos. Ao ter nosso ouro e pedras preciosas, D. João V e os reis seguintes foram os mais ricos governantes da época. Eles usaram o dinheiro que saía da terra de Minas Gerais para a ostentação – o consumo da época – construindo palácios, colocando mármores no cais do porto, pendurando ouro e pedras preciosas nos pescoços e em altares de igrejas, e para comprar os produtos industriais da nova indústria inglesa. Um dia a terra se esgotou no Brasil e Portugal ficou pobre, mas a indústria se manteve produtiva e a Inglaterra continuou rica. Ao ler o livro somos levados a pensar, em como seria hoje Portugal se o ouro brasileiro tivesse financiado indústrias, atraído engenheiros que inventaram as máquinas inglesas e servido para educar os portugueses. Quase todos os países com petróleo, no século 20, padeceram de uma maldição: o dinheiro fácil levou esses países à ostentação como a dos reis de Portugal, ao desperdício e à dependência. Como diz Lucas Figueiredo, antes do Bras Ventura, “Portugal fez o mundo rodar e continuou no mesmo lugar”. Uma metáfora perfeita para um país exportador de petróleo. O Brasil corre esse risco. Em primeiro lugar pelo adiamento de nossas tarefas urgentes, na expectativa do dinheiro do pré-sal. Segundo porque quando esse dinheiro chegar correrá o risco de ser usado para o desperdício nos palácios. Antes eram para os reis morarem, agora para servirem como repartição pública ou estádios de futebol. Diferentemente de Portugal antigo agora sabemos o que fazer para transformar o petróleo em uma fonte permanente de riqueza: investir todo o lucro na educação de base. Naquela época, os reis não podiam antecipar o futuro como hoje nós podemos em relação ao dinheiro que teremos do pré-sal. Se usarmos bem o pré-sal será uma bênção, caso contrário será uma maldição. O livro do Lucas Figueiredo, além de uma deliciosa leitura é um despertador da nossa consciência.

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The Economist elogia “faxina” de Dilma

A edição da The Economist desta semana traz texto positivo sobre a “faxina” na base governista. O título diz tudo: “Dilma tenta drenar o pântano” (leia aqui a versão integral, em inglês).  “Se a sra. Rousseff conseguir colocar o Congresso de volta na linha usando uma misturas de ameaças, promessas e apelos, sua recompensa poderá ser uma política mais limpa”, diz o texto. Para a Economist, são dois os obstáculos à arrumação de Dilma: uma fissura na base governista e o agravamento da crise na economia mundial.

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A crise na economia mundial traduzida para iniciantes

Se você é daqueles que não consegue entender o aprofundamento da crise na economia norte-americana, o risco de moratória nos EUA, a convulsão econômica que se expande pela Europa, a previsível diminuição do crescimento chinês e a supervalorização do Real, aí vai um conselho. Sabe aquele sofá bacana que você pensa em comprar em 12 prestações. Esqueça.

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A nada mole vida dura de Mantega

Veja as imagens que a estatal Agência Brasil divulgou ontem da entrevista em que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tentou explicar as medidas do governo para conter a supervalorização do real.

Dá para ver que a vida de Mantega definitivamente não está fácil.

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