Maria do Rosário vê pelo em ovo e ganha seus 15 minutos de fama

Ministra Maria do Rosário: falta trabalho ou sobra tempo?

Em seu comentário na rádio CBN, Arnaldo Jabor disse que Orlando Silva “finalmente caiu do galho”. Pronto! Como o ex-ministro dos Esportes é negro, um tsunami de protestos invadiu a internet a chamar Jabor de racista.

Ouçam o comentário de Jabor aqui.

Minha opinião é que Jabor não quis chamar Orlando Silva de macaco.

E aposto que a maioria dos que chamam o jornalista de racista não escutou o comentário na CBN. Mas passa adiante que Jabor foi racista por na verdade não gostar dele.

Pior nesse episódio é a secretária de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, sair a público para jogar gasolina no fogo. Disse ela no Twitter: “Quero repudiar veementemente a declaração racista do Arnaldo Jabor sobre o ex-ministro Orlando Silva. Isso é inaceitável!”

Parece que a ministra, que tem um desempenho bem fraquinho no governo, procura pelo em ovo para aparecer na mídia.

18 Comentários

Arquivado em Imprensa, Política

18 Respostas para “Maria do Rosário vê pelo em ovo e ganha seus 15 minutos de fama

  1. Ao Jorge Edmundo.

    Você cita “a recente aprovação da comissão da verdade”.
    Legal, válido. Mas, a tal comissão da verdade, é a verdade deles. É uma caça aos que naquela época lutavam por um Brasil direito. Esta é uma comissão da verdade de esquerda, o que não é justo. Portanto, este argumento em si, caí do galho !!!

    Abs.

    • Jorge Edmundo

      Você é melhor do que sua resposta. Pra sustentar uma avaliação precipada do trabalho da ministra você foge do foco central. Seus dados sobre a SDH (com a Rosário – agora – e antes com Vanuchi e Nilmário) são tão tão leves que nem balançam a roseira. E, por favor, não me coloque na no limbo dos inimigos. Continuo seu fã e leitor. Acho apenas que, pelo seu histórico jornalístico, uma autocíritica só engrandeceria a biografia.

  2. Jorge Edmundo

    Lucas,
    O que o Jabor falou ou não falou, pouco me importa. Como sou seu leitor (desde os jornais, agora no blog e em três de seus livros) discordo quando você fala que a ministra tem um desempenho bem fraquinho no governo. A recente aprovação da comissão da verdade; o trabalho que a ministra desenvolve em defesa de crianças e adolescentes; a luta conta a homofobia; etc. desmentem sua conclusão. Dizer que ela conquistou seus 15 minutos de fama é uma precipitação jornalística. Atrás de um título chamativo para a nota, penso, respeitosamente, que você cometeu uma injustiça com a figura.

    • Caro Jorge
      Obrigado por ter escrito.
      Pelo que entendi, você leu uma crítica de uma leitora a um comentário seu e pensou que era eu que havia escrito. Agora sim, permita-me defender o ponto de vista que expus no post.
      A Comissão da Verdade foi idealizada e articulada, na gestão Lula, com grande oposição interna, pelo então ministro-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, Paulo Vanucchi. Quando Maria do Rosário chegou ao governo, a Comissão da Verdade já era um fato irreversível, uma política de governo. Pois bem. Cabia a ela apenas cuidar para que, no Congresso, a comissão fosse bem formatada.
      Maria do Rosário, contudo, não ofereceu resistência a Nelson Jobim, então ministro da Defesa, que conseguiu impor o formato que convinha aos militares (período da investigação expandido para 1946-1988, ausência de um corpo auxiliar robusto para dar conta da missão, falta de orçamento próprio etc.).
      Que bom que o Brasil terá uma Comissão da Verdade, mas ele nasce capenga, não podemos negar. Capenga muito em função do desempenho de Maria do Rosário.
      Com relação à discussão sobre o fim do sigilo eterno para documentos confidenciais do Estado, Maria do Rosário foi novamente uma nulidade. Limitou-se a bradar gritos de ordem num Congresso da UNE, onde o ambiente lhe era favorável (cheguei a fazer um post sobre isso: https://lfigueiredo.wordpress.com/2011/07/16/a-fanfarronice-de-cardozo-e-maria-do-rosario/), mas não encarou Fernando Collor, José Sarney, os militares, o Itamaraty, que defendiam o sigilo eterno. Não fosse a interferência pessoal da presidente Dilma Rousseff, talvez o sigilo eterno continuasse.
      Por fim, há ainda a busca dos desaparecidos políticos, uma questão central (ou pelo menos deveria ser assim) da secretaria de Maria do Rosário. Por dever profissional, acompanho de perto os trabalhos no Araguaia (neste ano, fui duas vezes à região) e sei que, na gestão de Maria do Rosário, tudo se tornou mais difícil. Os integrantes civis do GTT (Grupo de Trabalho Tocantins, que busca os restos mortais) têm sofrido seguidos boicotes. Houve inclusive uma suspeita de atentado. O que esperar de uma ministra de Direitos Humanos? Que enfrente as pressões e assegure o bom andamento da busca dos desaparecidos, coisa que Maria do Rosário não fez.

  3. Anônimo

    realmente um circo e essa palhaça q se cuideeeeeeeeeee

  4. FIT

    Discussão besta e atitude palhaça dessa “ministra”, ou correta pois está em um grande circo, se apegando ao “politicamente correto direitos dos manos”, quero dizer “humanos”, para aparecer.

  5. Fernando Andrade

    Evidente que foi racismo. Se fosse só “a camélia”, como bem lembrou um leitor, o Jabor teria feito referência à música. Como não o fez, deixou a brincadeira estúpida no ar. Racismo com pitadas intelectuais. Esses ex-esquerdistas são os piores…

  6. Gabriel Silveira

    É…, eu não sou e nunca fui fã de nenhum Orlando Silva, por isso não decifrei a charada.

    Portanto, está desfeita a polêmica. Este blog é privilegiado intelectualmente, desde o autor até os leitores.

  7. ADILSON

    Alem de Inferior intelecto-moral e Fascista Canalha , descubrimos outra ” virtude ” no duble fracassado de cineasta :

    R A C I S T A !!!!!!
    Policia pra cima deste Verme e de seus defensores Calhordas !

  8. Gabriel Silveira

    O mais grave é que esta frase é o título de sua crônica na CBN. Para mim mais uma vez o Arnaldo Jabor foi infeliz . Porém, acredito que mesmo que ele seja racista, não seria tão burro de dar a cara a tapa numa questão como essa. Na minha visão esta expressão é comum no Brasil e não revela racismo. Porém, ficaria melhor, “finalmente largou o osso”, aí o ministro seria considerado cachorro, não é mesmo?

  9. Alguém ainda tem dúvidas que era uma “alusão” ao Orlando Silva, que cantava “Jardineira” (… foi a Camélia que caiu do galho… ).
    Eu acredito que o mais importante, é a parte em que ele fala ( e com razão ) em relação ao PCdoB. Opa, partido de quem ?
    Acho que estão querendo tapar o sol com a peneira.

  10. daSilvaEdison

    Quem “caiu do galho” foi a Camélia.

    “Deu dois suspiros, e depois morreu”.

    Parece que a referência é clara.
    http://letras.terra.com.br/orlando-silva/125875/

  11. meu bom, e qual é a sua interpretação para “finalmente caiu do galho” que não a racista? será referência ao “caiu de maduro”, ditado popular? não parece. vindo de quem vem, gratuita não foi a expressão. sim, dá preguiça de levar essa encrenca adiante. sim, ministra rosário dá sono. saudações.

  12. Arnaldo Jabor disse que Orlando Silva “finalmente caiu do galho” no dito popular: “Quem cai do galho é macaco gordo”, logo o Jornalista sem graça do Jabor quis chamar o ex-Ministro de macaco! Isso é claro como 2+2= 4
    Quanto a Ministra entendo que ela esta no seu papel, racismo é inaceitável!

    • Caro Michael
      Racismo é inaceitável. Concordamos!
      Mas, sinceramente, a fala do Jabor pode ter mais de uma interpretação. A sua (que coincide com a de muita gente) é que ele foi deliberadamente racista. A minha é diferente. Acho que ele não chamou Orlando de macaco. Quem está certo? Talvez você, talvez eu. Portanto não se trata de um caso de 2 + 2.
      Abraço.

    • Gabriel Silveira

      Michael, você confundiu a expressão, mas apesar de eu não ser macaco gordo vou quebrar o galho pra você desta vez, beleza?

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