O general José Elito, ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), venceu de novo: o serviço secreto, órgão civil que responde hoje pela sigla Abin (Agência Brasileira de Inteligência), permanece sob as asas do Exército.
Depois de ensaiar voo independente, a Asbin (Associação dos Servidores da Abin) deu meia volta e acabou se alinhando novamente ao GSI. Após anular a eleição da nova diretoria, em outubro, a Asbin realizou novo pleito no último dia 25. Desta vez, com chapa única. Assim, o presidente da Asbin, Robson Vignoli, alinhado ao GSI, foi reconduzido ao cargo.
Para saber mais sobre o caso, leia aqui.
Além de sempre estar vinculada à caserna, a inteligência brasileira sobrevive a vários problemas.
O descomprometimento com os temas relevantes (espionagem no exterior e contraespionagem no País) e o foco em assuntos irrelevantes.
Não há infiltração em organizações adversas. Nada que seja minimamente perigoso.
A atividade em um serviço de inteligência real envolve risco.
Além disso, não há uma oposição a este estado de coisas.
Todos aqueles que pretendem transformar a Abin em um verdadeiro Serviço Secreto esbarram em vários obstáculos: ameaças institucionais, boicote dos próprios colegas de trabalho, etc, etc.
As ameaças pairam no ar em todos os sentidos.
Há um sistema de repressão vivo e ativo, sedento por novos incautos.
Todos estão dispostos a entregar todos.
O que realmente importa é pegar um DAS e bajular a chefia.
Estar sobre a asa militar não me parece ser “O” problema. O dever da intelligência é infiltrar agentes em situaçãoes de risco para a segurança nacional, criminalidade organizada e espionagem estrangeira; e filtrar os temas. Infiltrar agentes em greves, seja no MA; seja pela P2P; não é função do do GSI ou Abin. Greve, como diria GV, é caso de política.