Hoje é um dia especial. Pelo menos é o que parece.
Desde que acordei, fui massacrado com a notícia de que a Apple lançaria hoje o iPhone 5. No rádio do carro, ouvi a notícia pelo menos três vezes em emissoras diferentes. Na internet, a informação estava na home dos principais portais.
Volto ao rádio e mais iPhone 5. Da Califórnia, ouço uma jornalista dizer “sim, é hoje, daqui a pouco, aqui em Cupertino, o lançamento do iPhone 5”. Uau, pensei, se tem tanto jornalista numa expectativa tão grande é porque vem uma grande novidade por aí. Vai ver que o iPhone 5 faz sorvete ou tem karaokê, sei lá. Mas seja o que for, imaginei, será revolucionário.
Na hora do almoço, entre uma garfada e outra de strogonoff, distraído, acabei me esquecendo do iPhone 5. Mas foi só voltar para a tela do computador e, pum!, mais uma avalanche de notícias sobre o iPhone 5. Empolgado escolhi um portal que prometia cobertura em tempo real. Às 13h59, rufaram os tambores. “Senhoras e senhores, nossa apresentação começa em instantes”, disse alguém da Apple, direto da Califórnia. Uau! E então… Eis que é apresentado o iPhone 5. Ou melhor, iPhone 4S (o nome mudou no meio do caminho, mas não consegui entender o motivo). No restante da tarde, só deu iPhone 4S.
Realmente, o iPhone 4S tem algumas boas novidades. Não que eu tenha arrancado o cabelo por nenhuma delas, mas são novidades. Quanto ao design, bem, o iPhone 4S é idêntico ao meu iPhone 4. É… legal…
Fiquei imaginando: putz, os gênios da Apple são mesmo sensacionais. Mas fera mesmo são o marketing e a assessoria de imprensa dos caras.
Lucas o mais curioso é que toda essa histeria não é trabalho da assessoria de marketing da Apple, é tudo criação da cabeça de jornalistas e blogueiros. Intere-se melhor sobre o assunto e descobrirá que a Apple é uma empresa única, inclusive no aspecto publicidade espontânea. Existe toda uma indústria de rumores que acompanha e antecede o anúncio de produtos, sem que a Apple precise estimular isso e as vezes “prometendo” o impossível. Até mesmo consultorias profissionais, por vezes embarcam na escalada de insanidade.
No entrando a Apple parece não se deixar influenciar negativamente por isso e até consegue tirar muio proveito do fenômeno.
Mas o melhor mesmo é que desde o retorno de Steve ao comando da empresa em 1997, eles conseguiram entregar uma revolução tecnológica atrás da outra, as vezes por meio de pequenos aprimoramentos, as vezes com produtos profundamente disruptivos como é o caso do iPod, do Mac OS X, do iPhone e do iPad.
Obrigado pelas informações. Você tem razão: preciso estudar melhor esse campo.