Em 2006, Gleise Hoffmann decidiu se candidatar ao cargo de senadora. Para tanto, deixou um alto cargo em Itaipu, o de diretora financeira. Beleza! Acontece que, ao deixar a estatal, Gleise foi tratada como uma funcionária demitida sem justa causa, recebendo assim uma indenização de R$ 41 mil, equivalente à multa de 40% do FGTS.
Agora, descoberta a tramóia, a então ministra-chefe da Casa Civil faz uma consulta à Procuradoria Geral da República questionando se a operação que a beneficiou foi lesiva aos cofres da empresa. Caso a PGR responda com um “sim”, Gleise afirma estar disposta a devolver o dinheiro, reajustado.
Gleise mamou nas tetas de Itaipu, pegou um dinheiro que não lhe pertencia. Agora posa de distraída bem-intencionada.
Em vez da consulta à PGR – ela já sabe qual será a resposta – a ministra deveria devolver o dinheiro imediatamente, pedir desculpas públicas e deixar o governo. Isso sim seria um bom exemplo para a “faxina ética”, um bom exemplo que não acontecerá.
A diretoria de Itaipu binacional é um dos melhores empregos da república (se não o melhor). Quando presidente, Sarney mimoseou um velho correligionário, o ex-deputado federal paraense Clóvis Ferro Costa, advogado por profissão. Ferro foi cassado em 1964. O último ato (digno?) do então integrante da Bossa Nova da UDN foi conduzir o camarada (vizinho do Maranhão) à embaixada da Tchecoslováquia, em carro oficial, quando o golpe ainda fervia. Ferro Costra participaria, anos depois, de uma operação comercial polêmica com cimento tcheco. Mas essa é outra história. Seria bom, para a prfesente história, saber quanto ganham os diretores de Itaipu
Abusando da maconha estragada,hein, Lucas? hahahhe
Você está obcecado com esse negócio de maconha estragada, Alexandre… Obrigado pelo comentário.
Tudo bem. na próxima vou de uisque paraguaio pra não parecer apologia á droga ilícita,he.
eu é que agradeço a atenção.
Bem exagerado, hein.
Este rigor deve valer também pra iniciativa privada, não. Até onde sei está é uma prática comum nas empresas. O famoso acordo. Respeito o seu rigor, mas acho que a regra deve ser igual pra todos.
O acordo que é praxe na iniciativa privada visa apenas liberar o FGTS, um dinheiro do trabalhador. Mas o empregado não costumam ficar com a multa de 40% do FGTS, que foi exatamente o que Gleise fez com o dinheiro de Itaipu – uma empresa pública.
Olá Lucas, acompanho seu blog, mas nesse caso sou obrigado a discordar. Trabalhei em várias empresas (privadas e públicas) e o acordo sempre ocorreu e continua ocorrendo. Atualmente na empresa em que trabalho todos os executivos que deixaram recentemente embolsaram os 40 % além do fundo de garantia. Acho que vc deveria pesquisar melhor esse assunto. O trágico nessa empresa privada que trabalho é que os 40 % liberados para os executivos na maioria das vezes é negado a funcionários com sálarios médio/baixo.
Você tocou na questão: os do andar de cima conseguem ter benefícios que os do andar de baixo não conseguem. Em se tratando de dinheiro público, acho que o correto seria uma isonomia: ninguém recebe. Pode ser radical, mas acho que nosso país precisa radicalizar no trato da coisa pública.
Pode ser, parece-me muito pouco pra caracterizar uma mamata, mas já vi casos parecidos em empresas públicas e privadas. Claro que é um favorecimento ao funcionário, não esta dúvidas. Mas acho que 40 mil a mais, na manha, no jeitinho, pra uma funcionária exemplar como me parece ter sido a ministra, ta de boa. Não precisa sair do governo, não, deixa ela lá, ta doido? Se for só isso, ministra, ta perdoada e vamos que vamos.