A divulgação de um relatório do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apontando indícios de graves irregularidades nos contratos e na execução das obras do estádio do Mineirão, possível sede da abertura da Copa 2014, pode vir a representar um baque nos projetos políticos de Aécio Neves.
Quando governava o Estado, Aécio se aproximou bastante de Ricardo Teixeira, presidente do comitê organizador da Copa 2014, e se envolveu de forma pesada nas articulações para fazer de Minas uma das principais sedes do evento. O negócio é bruto. Só as obras do Mineirão deverão consumir algo em torno de R$ 1 bilhão.
Tanto dinheiro público, sabe-se agora pelo o relatório do TCE, é gasto de forma no mínimo nebulosa. Um exemplo: o escritório de arquitetura de amigo de Aécio, Gustavo Penna, foi contratado sem licitação por R$ 17,8 milhões.
Além de ausência de licitação pública, pagamentos por serviços não executados e desvio de objeto, o relatório do TCE aponta também indícios de superfaturamento.
Vivendo um dos momentos mais duros no embate interno no PSDB para se firmar como candidato do partido à Presidência da República na eleição de 2014, Aécio Neves abre um flanco imenso para seus adversários – de dentro e fora do ninho tucano.
Uma investigação mais apurada na dobradinha Aécio/Ricardo Teixeira e no canteiro de obras do Mineirão pode fragilizar a imagem do tucano mineiro de gestor sério e eficiente que fora tão cuidadosamente esculpida por sua irmã, a maga da comunicação Andrea Neves.
Tudo o que Aécio Neves não precisava neste momento é cair na vala comum em que chafurda Ricardo Teixeira.
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