Se empresas privadas formam grupos de teatro para motivar seus funcionários, por que um órgão público como a Abin não pode fazer o mesmo?
Por que um jornalista vaza, na internet, material de uso interno do serviço secreto?
Os questionamentos acima, feitos por pessoas que se dizem funcionários da Abin, resumem as dezenas de críticas recebidas por este blogueiro por ter revelado em primeira mão o vídeo produzido pela Agência Brasileira de Inteligência para ensinar português a seus agentes. (O vídeo se tornou uma febre na internet e foi assunto na imprensa. Em quatro dias, foram mais de 105 mil exibições no canal do blog no YouTube.)
Vamos aos questionamentos.
A Abin não é uma empresa privada, é o serviço secreto brasileiro. O nó da questão não é a Abin manter um grupo de teatro amador, mas sim o serviço secreto produzir num vídeo institucional em que expõe seus funcionários fantasiados de super heróis.
Tem mais: novamente a Abin demonstra estar perdida ao entender que uma esquete teatral mambembe pode ser usada para fins educacionais de seus funcionários, inclusive agentes secretos.
Dois departamentos (Telemática e Núcleo de Educação à Distância) da Abin foram mobilizados para produzir uma “peça educacional” sem propósito, sem conteúdo e sem didática. Servidores públicos deixaram suas atividades de lado para trabalhar no roteiro, na direção, na sonoplastia, na edição e na arte final do vídeo, conforme registram seus créditos.
É para isso que serve o serviço secreto? O vídeo não seria mais uma prova da falta de foco da Abin – um problema que este blog já apontou inúmeras vezes (leia aqui, aqui e aqui)?
Sobre a divulgação do vídeo no blog, acredito que uma das missões do jornalismo é fiscalizar as instituições públicas. O norte deste blog é – e continuará sendo – apontar erros e desmandos cometidos em órgãos do Estado e vigiar o bom uso da coisa pública.
O vídeo da Abin demonstra que há algo de errado no nosso serviço secreto. A sociedade precisa saber disso.
e engraçado como um homen se torna tao corajoso atras de um teclado… e pra quem conhece realmente como e o serviço da ABIN e sabe como e a vida dos que se dedicam a ela, sabe que este mero blogueiro fala muita coisa porem… oque podemos absorver dele que realmente seja verdadeiro e util?
Boa Noite
Para que possamos emitir juizo de valor sobre algo ou alguém é necessário termos o mínimo de conhecimento sobre determinado assunto a fim de evitarmos constrangimentos como o que vossa senhoria submete-se ao referir-se à Agencia Brasileira de Inteligencia, como Serviço Secreto. São ambas instituições distas sendo que esta ultima não existe no Brasil. por favor antes procure informar-se sobre assuntos que não lhe são peculiares. A sociedade Agradece.
Prezado Lucas,
Gosto bastante dos seus comentários sobre a ABIN, creio eu, por não trabalhar no lote 05 do Setor de Polícias de Brasília, não ter capacidade fazer julgamentos valorativos a respeito, tanto do material aqui vazado, quanto do posicionamento das diferentes alas do órgão em questão.
O que eu gostaria de apontar, no entanto, é minha preocupação, enquanto concurseiro, para a forma como a ABIN conduziu seu certame de 2008, erro com potencial de se repetir no próximo. Tivemos 700 candidatos por vaga, 93,3% da prova com conteúdo similar ao da carreira diplomática, predominância de questões doutrinárias de Direito, além das inúmeras fraudes descobertas pela Polícia Federal. Acredito que, para um órgão de Inteligência, a avaliação deveria privilegiar os realmente interessados, e não os que apenas pretendem utilizar o cargo como “trampolim” para a diplomacia (ou outros cargos quaisquer que sejam).
Uma das reclamações mais comuns, ao que parece, é a falta de comprometimento de diversos servidores. Não lhe parece razoável que, para melhorar ainda mais a qualidade dos quadros, a triagem deve começar já no concurso público? Para que privilegiar o oportunista? Certamente nem todos os que tem como sonho a carreira diplomática e que entraram na ABIN são servidores inadequados, porém quantos deles ficarão por lá se lograrem aprovação no Itamaraty? E quanto ao grande aporte de bacharéis em Direito, quantos ficariam ali dentro após lograrem aprovação em uma procuradoria do Poder Executivo? Gostaria de saber sua opinião sobre o assunto.
Abraços!
Em tempo, não fiz o concurso de 2008, nem no país estava, assim, não posso ser taxado de “frustrado”.
Grande Lucas,
Nas Gerais, teu berço, sempre tiveram início os mais significativos movimentos transformadores desse país, dessa pátria, dessa nação.
E o chamado “Batman da ABIN”, que já gira o mundo, é uma sinalização de que as coisas, naquela ambiência profissional, não andam legais. General Mourão, Magalhães Pinto, marcha com Deus pela liberdade, embora sejam coisas do passado, me remetem a crer que de Minas, afora essas, também tristes e mais recentes, vêm as transformações e as rupturas indispensáveis ao crescimento, ao engrandecer, ao florescer da pátria brasileira. Oxalá as autoridades, cientes do conteúdo do debate ensejado, também reajam e também se posicionem acerca da utilidade da Inteligência de Estado, ou da sua inutilidade, tal qual se apresenta. Mas que, acima de tudo, antes de mais nada, responsabilizem os protagonistas dessa palhaçada de que somos imerecedores: nação e povo (sem falar, por óbvio, nos concurseiros oportunistas – capítulo à parte -, e nos membros do enclave autoritário, intestinamente encastelado na ABIN, mas que, como as fezes intestinas, de lá sairão por osmose, expulsas, naturalmente). Creio que tens a prerrogativa de identificar os chamados IPs (Protocolos de Internet) das mensagens. Assim fazendo, verás como eu, quando à frente do coletivo, no blog “CARCARÁ SANGUINOLENTO”, que deu o que falar na “Rolling Stones”, oportunidade em que plotei, com o assessoramento do emu “webmaster”, tratar-se, em maioria, de msgs enviadas de dentro da própria ABIN, da chamada área do complexo administrativo, pelos saudosistas de um regime autoritário, a quem nomino “ovo da serpente”, cuja visão e adestramento são de discutível valia para o governo, para o país e para a nação. Se comes quibe, cuidado, podes ser também estereotipado, alem de mero apreciador da iguaria árabe, de elemento ativo, feroz e nocivo aa bem estar comum, terrorista, igualmente os estudantes que, de camisa vermelha, com barba, chinelo e bolsa, antes de almoçar no “Calabouço” – Restaurante Universitário da Federal do RJ, tomavam uma dose de vodka e eram rotulados de comunistas! Quanto às críticas. Grande Lucas, as encara como bem vindas. Prefere aos que te criticam e despreza os que te adulam. Aqueles te engrandecem, estes te corrompem. Enfim, animados com a desmistificação, necessária, esteja certo que, assanhados pela salutar repercussão da matéria, outros vídeos e materiais escabrosos, que em nada ofendem à intergidade do Estado e da sociedade, bem como à segurança nacional, haverão de chegar à tua exímea, hábil, competente e capaz habilidade profissional de jornalista investigativo, cujas qualidades invulgares já te distinguem além das nossas fronteiras.
Saudações!
Não terá havido engano nessa reportagem? Não será esse vídeo, em vez de treinamento da ABIN, de entretenimento da APAE?
Agora só resta rezar para que a presidenta não envie uma proposta ao Congresso Nacional sugerindo a extinção da agência.
Lucas, você já recebeu aquele outro “vídeo de treinamento”? Aquele, que ensina a levar o sorvete à boca e não enfiá-lo na testa…
Ha! Ha! Ha!
Esta foi a melhor de todas!…
Patética “denúncia”, ignora o contexto e os objetivos da, embora fraca, apresentação teatral enfileirando-se com os sabidos e conhecidos detratores e promotores da “caixotização” da agência: Sarney, DD, PF, etc. Poderia fazer críticas muito mais objetivas e construtivas com uma mera análise do papel institucional da agência juntamente com a legislação em vigor e chegar a conclusões alarmantes. Mas não, prefere ser mais uma “popozuda” e ganhar uns minutinhos de fama em vez de usar o cérebro ainda que sem chamar tanta atenção.
Olha amigo, eu não sei que problema você tem com a Abin, se você ficou frustado em não passar no concurso, apenas procura algo sobre o que criar polêmica, ou não tem o que fazer mesmo. Normalmente eu respeito opniões diferentes da minha e com você não vai ser diferente, mas você merece essa resposta rispida por que você ta criando todo um drama em cima de uma situação boba que chega a dar raiva, cara se eles atravéz de um estudo ou por A ou por B, acharam que esse métododo didático seria um dos que seriam melhor aproveitados pelos alunos, agentes e oficiais, quem é você pra vir aqui ridicularizar o trabalho de profissionais que procuram defender a nossa pátria de uma maneira que deveria ser discreta/secreta?
Isso me pareceu um sensasionalismo enorme, sei que você ja deve estar pensando em responder “sou alguém que paga impostos” ou algo semelhante, mas você não esta se dando conta que trabalhar, não precisa ser chato, e se até mesmo uma peça de teatro tiver chance de contribuir para uma melhor formação, um resultado mais eficiente e um profissional feliz e dedicado, EU acho que vale a pena,a ssimo como muitos outros devem achar, e com certeza as pessoas que se dispuseram a se vestir como os personagens o fizeram de muito bom grado.
Boa sorte, espero que tuas proximas criticas a Abin sejam construtivas e não com o intuito de ridiculariza-la.
P.S.: “Why so serius?”
Incrível é que os caras preferem “se ofender” a reconhecer o patético da situação, e alguns vêm até “contribuição à formação de um profissional feliz” nesse insulto à inteligência deles! Começo a imaginar se o vídeo não esta no nível certo.
Lucas,
os honrados funcionários públicos brasileiros precisam conhecer o que se passa em outros países.
Que vejam, por exemplo, esse vídeo sobre como é ser parlamentar na Suécia.
Assistir à esse vídeo causa vergonha, raiva, desprezo, revolta e até medo. Se os agentes da ABIN querem fazer teatro, que mudem de profissão. Se a ABIN quer instruir seus funcionários, que abra uma concorrência pública e contrate empresas com expertise em tal tarefa. E se os agentes estão com tempo pra essa palhaçada, tá na hora da sociedade discutir a existência e o papel da ABIN. Que me desculpem os funcionários sérios do órgão, mas vocês deveriam ser os primeiros a questionar. E ainda tem coragem de tentar defender a instituição acusando o blogueiro de ser um mero caçador de fama. É muita cara de pau!
Parabéns, “super-herói do jornalismo investigativo”. Não sei se o que me enoja mais é seu preconceito e desprezo em relação à ABIN (que possui uma conduta ética MUITO MAIS HONRADA QUE A SUA) ou sua empáfia criminosa demonstrada ao expor de modo desprezível ao escárnio popular (e deleite de outros serviços de inteligência) nomes de servidores do órgão por meio da divulgação SENSACIONALISTA do vídeo. Sr Lucas, agora que já conseguiu seus mebabytes de fama virtual, VADE RETRO vigilante parlapatão da coisa pública!!!
Uau! Como ela é incisiva e contundente!! Quero comprar o vídeo onde ela aprendeu isso!!