Ontem foi um dia histórico. A pedido do Ministério Público Federal no Distrito Federal, foi feita uma operação de busca e apreensão nas residências de Sebastião Curió Rodrigues de Moura, o major Curió, oficial do Exército que participou do comando das operações de combate à Guerrilha do Araguaia no início dos anos 1970.
O objetivo da ação era “localizar documentos que possam revelar o paradeiro de corpos de militantes políticos que participaram da guerrilha do Araguaia”.
É a primeira vez que a Justiça – no caso, a 1ª Vara da Justiça Federal – autoriza esse tipo de procedimento, ou seja, a busca de documentos “debaixo de vara” na casa de militares que participaram da repressão na ditadura.
Em recente entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, Curió afirmou que pelo menos 41 militantes foram executados após serem rendidos pelo Exército.
Nas residências de Curió, foram apreendidos diversos documentos, um computador e uma arma de fogo sem documentação. O material recolhido será agora analisado pelo Ministério Público Federal do DF.
O militar da reserva, ex-administrador do garimpo de Serra Pelada (PA) e ex-prefeito de Curionópolis (PA), foi preso em flagrante por porte ilegal de arma.
É louvável a atitude do MPF e da Justiça. O Brasil não pode mais compactuar com o silêncio de militares ou, no caso de Curió e outros, do escárnio em relação aos desaparecidos políticos. Não se trata de revogar a Lei da Anistia, mas de atuar contra um “crime continuado”, qual seja, o sequestro e a ocultação de cadáver dos desaparecidos políticos. Esses dois crimes (seqüestro e ocultação de cadáver) não prescrevem simplesmente porque não cessam.
Talvez os documentos aprendidos com Curió tragam alguma luz ao caso. Talvez não. Há um endereço, porém, onde certamente procuradores e juízes encontrarão informações de sobra sobre os desaparecidos: Avenida Duque de Caxias, s/n, Setor Militar Urbano, Brasília, Distrito Federal. Lá funciona a sede do Centro de Inteligência do Exército, que, além de ter sido uma das principais máquinas da repressão, é também a repartição que guarda as informações sensíveis do Exército.
Caro Companheiro
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Nada de mais!
Após o último parágrafo, seguramente já começou uma “limpa” no Cedoc do Exército no SMU. E sim, devia haver documentação sobre a Guerrilha do Araguaia lá, sobretudo da parte de arquivos pessoais de militares que deixaram suas coletas de documentação sobre o assunto. Quem me disse isso foi uma acadêmica francesa, no 2º semestre de 2006, que lá esteve para pesquisar sobre outro assunto e não podia desviar o foco de seu trabalho.
Como dito é louvável a ação, o que será que vamos achar quando por acaso resolverem visitar o tal endereço?